Filosofia, perguntado por lukberyo11alves, 1 ano atrás

Preciso de um texto sobre, como viver na diferença

Soluções para a tarefa

Respondido por thayna2011cris
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Conviver com as diferenças é um desafio inerente a todo ser - humano. Para se criar, crescer e aprender, todo indivíduo precisa que outra pessoa lhe ensine as práticas da vida como comer, andar, falar e etc. Nenhum ser humano é uma "ilha" para viver isolado do resto mundo, portanto conviver com outros seres humanos se faz necessário, surgindo então o desafio de se conviver com as diferenças, haja vista que não existe uma pessoa igual à outra, cada indivíduo é único no universo.

É certo que o desafio de conviver com as diferenças é uma tarefa árdua, mas precisa ser encarado como uma necessidade humana, pois ao respeitar o próximo, certamente abriremos espaços para que as nossas diferenças também sejam respeitadas, ao entender e compreender o outro abrimos uma porta para que a outra pessoa também tente nos entender e compreender.

Respondido por nicolasadsbustamante
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Resposta:

Somos todos iguais?

Uma rápida leitura da constituição brasileira mostra o quanto somos iguais em direitos e deveres,

mesmo vivendo num país continental e de influências culturais variadas e ricas. No cotidiano, porém, os

preceitos constitucionais nem sempre são respeitados, nem colocados em prática.

A pessoa como ser vivo é mais que uma simples realidade biológica. Ela é definida por uma inserção

social, marcada por influências e determinantes culturais, por valores e contravalores... As sociedades, ao longo

de sua história, movem-se em base de preconceitos sociais, raciais, religiosos e políticos, dificultando, muitas

vezes, o respeito às diferenças e à integração necessária ao desenvolvimento do ser humano.

Diferença, não desigualdade

Importa estabelecer aqui uma definição clara que pode nos ajudar a entender melhor os processos sócio-

históricos e suas complicações. As diferenças são naturais porque providenciadas pela natureza; nem todos são

magros, altos, brancos. Mas as desigualdades sempre são fruto da ação humana. Alguém nasce e vive pobre em

função de uma estrutura que gera esse fenômeno. O erro está em invocar as diferenças como justificativa das

desigualdades socioeconômicas, base da sociedade de classes, e em perpetuar as estruturas geradoras das

desigualdades.

O ser humano não pode ser concebido como mero indivíduo, apesar de sua peculiaridade genética. É

também cidadão que integra uma coletividade, regida por preceitos ético-morais, que implicam na aceitação de

regras e valores. O resultado desse processo vai configurando pessoas social, econômica, cultural e até

religiosamente integradas. A razão abstrata muito nos diferencia em relação aos demais seres vivos do planeta e

precisamos usar esta capacidade para elaborar o que constitui o tipicamente humano, a partir do que já dizia

Sócrates no século 4 a.C.: “conhece-te a ti mesmo”. Estes universais mínimos não só qualificam nossas

individualidades, mas também nos fazem crescer no espírito comunitário. É o caminho que nos torna mais

pessoa, indivíduo, cidadão. Ainda, quanto mais convivemos com os demais seres, que também habitam nosso

planeta, tanto mais humanizamos.

Pessoa, o valor supremo

Somos iguais! As diferentes raças humanas são, na verdade, rótulos superficiais - uma diferença para

justificar possíveis desigualdades - uma vez que, segundo a teoria evolucionista, viemos do macaco, ou então,

segundo a fé cristã, Deus criou o ser humano, tendo como protótipos Adão e Eva. Os motivos pelos quais nos

diferenciamos uns dos outros devem-se a diferenças ambientais, naturais, culturais, religiosas... A essência

humana é a mesma para todos.

Na visão cristã, a questão da igualdade, desde um ponto de vista religioso, começa no batismo. Esse

sacramento nos torna filhos do mesmo Deus Uno e Trino sem, no entanto, negar as diferenças individuais,

enfatizando a dimensão comunitária como forma de viver a plenitude humana. Embora os cristãos

compreendam que exercem diferentes papéis na comunidade com o mesmo fim, nem sempre entendem que este

fator não pode ser gerador de desigualdades, preconceitos ou discriminações.

Para Kant, a pessoa é um valor supremo. Não é objeto, não tem preço, não pode ser trocada por outro

objeto, nem utilizada como meio para alcançar qualquer fim. A dignidade humana exige o respeito

incondicional de todos, indistintamente. O dever do respeito aplica-se a todos os seres humanos, sem exceção.

Como ser livre e consciente, o ser humano existe de forma absoluta. Nesta perspectiva, é inaceitável qualquer

tipo de humilhação e desvalorização do outro.

Pense e Responda

Explicação:

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