Preciso de um seminário do Cruz de Sousa é urgente
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Resposta: Cruz de Sousa, poeta negro catarinense, está registrado na história da literatura brasileira como o mais importante poeta do simbolismo. Filho de pais negros escravizados, foi apadrinhado ainda criança pelo senhor de escravos, recebendo, como afilhado, uma educação formal erudita, o que lhe possibilitou acesso ao melhor da literatura de sua época.
Apesar de ser um intelectual à altura de qualquer outro, sua condição de homem negro impôs-lhe o preconceito racial ao longo de sua vida. Atento à realidade que o circundava, tornou-se um atuante abolicionista, autor de poemas e textos em prosa contrários à escravidão.
Biografia de Cruz e Sousa
João da Cruz e Sousa, conhecido no mundo literário como Cruz e Sousa, nasceu em 21 de novembro de 1861, na então cidade de Desterro, hoje nominada Florianópolis, capital de Santa Catarina.
Seus pais foram o mestre pedreiro Guilherme da Cruz e a lavadeira Carolina Eva da Conceição, ambos negros escravizados alforriados. Cruz e Sousa recebeu, como de costume na sociedade escravocrata, o sobrenome e a proteção do senhor de escravos que o apadrinhou, o coronel Xavier de Sousa, recebendo educação formal, ao passo que seus pais continuaram vivendo um vida de subjugação.
Aos oito anos de idade, Cruz e Sousa iniciou seu gosto pela poesia, ocasião em que declamou versos de sua autoria, os quais homenageavam o retorno do coronel Xavier de Sousa da Guerra do Paraguai.
Entre 1871 e 1875, o jovem poeta cursou, como bolsista, o Ateneu Provincial Catarinense, estabelecimento educacional de elite. Teve como professor de ciências naturais o naturalista alemão Fritz Muller, amigo e colaborador de Darwin. Muito inteligente, Cruz e Sousa destacou-se em matemática e línguas estrangeiras, como francês, inglês, latim e grego.
Além dessas áreas do conhecimento, o poeta foi leitor voraz de escritores como Baudelaire, Leopardi, Antero de Quental, Guerra Junqueiro, entre outros autores europeus que lhe eram contemporâneos. Essa imensa bagagem cultural, porém, não o privou de ser vítima de racismo, em um contexto altamente escravista.
Em 1881, viajou de Porto Alegre até São Luís, no exercício da função de secretário da Companhia Dramática Julieta dos Santos. Essa viagem possibilitou-o ampliar seus horizontes acerca das condições em que eram mantidos os negros nos anos finais da escravidão.
Pouco tempo depois, Cruz e Sousa engajou-se na campanha abolicionista e, na Bahia, proferiu um discurso, com um poema seu em homenagem a Castro Alves sendo transcrito em jornal local.
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