Preciso de todas as Denotações, Conotações, Pronomes, Verbos, Adjetivos e Substantivos do texto "Aquela água toda"
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Resposta:tem como vc enviar a foto do texto?
Explicação:
Riu de sua sorte. Levou um caldo. Outro. Voltou ao
raso. Arrastou-se de novo pela água, em direção ao
fundo, sentindo a força oposta o empurrando para
trás. Estava leve, num contentamento próprio do
mar, que se escorria nele, o mar, também egoísta na
sua vastidão. Um se molhava na substância do outro,
sem saber seu tamanho.
O menino retornou à praia, gotejando orgulho.
O sal secava em sua pele, seu corpo luzia — ele, numa
tranquila agitação. E nela se manteve sob o guarda-
-sol com o irmão. Até que decidiu voltar à água, numa
nova entrega.
e o mar num reencontro que até doía pelo medo de acabar. Não se explicavam, um ao outro; apenas se davam
a conhecer, o menino e o mar. E, naquela mesma tarde,
misturaram-se outras vezes. A mãe suspeitava daquela
saciedade: ele nem pedira sorvete, milho verde, refrigerante. O menino comia a sua vivência com gosto,
distraído de desejos, só com a sua vontade de mar.
e começou a apanhar as coisas. A família seguiu para
a avenida, o menino lá atrás, a pele salgada e quente,
os olhos resistiam em ir embora. No ônibus, sentou-se
à janela, ainda queria ver a praia, atento à sua paixão.
novamente, ele ia se diminuindo de mar. O embalo do
ônibus, tão macio... Começou a sentir um torpor agradável, os braços doíam, as pernas pesavam, ele foi se
aquietando, a cabeça encostada no vidro...
viver ali de maior. Despertou assustado, o cobrador o
sacudia abruptamente, Ei, garoto, acorda! Acorda, garoto!, um zum-zum-zum de vozes, olhares, e ele sozinho no banco do ônibus, entre os caiçaras, procurando num misto de incredulidade e medo a mãe, o
pai, o irmão — e nada. Eram só faces estranhas
desceram, o cobrador disse e tentou acalmá-lo, Desce no
próximo ponto e volta! Mas o menino pegou a realidade
às pressas e, afobado, se meteu nela de qualquer jeito.
Náufrago, ele se via arrastado pelo instante, intuindo
seu desdobramento: se não saltasse ali, se perderia na
cidade aberta. Só precisava voltar ao raso, tão fundo, de
sua vidinha...
-os com a prancha. O ônibus parou, aos trancos. O
cobrador gritou, Desce, desce aí! O menino nem pisou
na beira da praia. Um búzio solitário, quebradiço. Saiu
correndo pelo calçadão, os cabelos de sal ao vento, o
coração no escuro. Notou com alívio, lá adiante, o pai
que acenava e vinha, em passo acelerado, em sua direção. Depois... depois não viu mais nada: aquela água
toda em seus olhos.
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começou a frear o seu avanço. A água fria arrepiava.
Mas era um arrepio prazeroso, o sol se derramava sobre suas costas. Deitou de peito na prancha e remou
com as mãos, remou, remou, e aí a primeira onda o
atingiu, forte. Sentiu os cabelos duros, o gosto de sal,
os olhos ardendo. O desconforto de uma alegria superior, sem remissão, a alegria que ele podia segurar,
como um líquido, na concha das mãos.