História, perguntado por sesse42, 8 meses atrás

Preciso de informações sobre a Revolta do Engenho de Santana e Revolta de Cumã urgente​

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Respondido por larasilva3812
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Resposta:

Revolta de Cumã

Explicação:

Em janeiro de 1617, na região do Maranhão, espalham-se rumores de que os colonizadores iriam escravizar todos os índios. Próximo à cidade de São Luís do Maranhão e nos arredores da fortaleza de Cumã, um índio de nome Amaro leu em voz alta uma carta que revelava uma conspiração portuguesa para generalizar o cativeiro na região. Em reação à notícia no mesmo dia a fortaleza foi invadida. Nos meses seguintes o núcleo rebelde faz contato com outras nações indígenas que, ao longo de quatro anos, tornaria a resistência generalizada na região. A repressão portuguesa não tardou: os principais envolvidos foram mortos e os demais índios escravizados.

Respondido por iasmimgabriele45
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Um grupo de escravizados no sul da Bahia, mais precisamente do engenho de Santana, matou o feitor, apoderou-se de alguns meios de produção e fugiu para a floresta onde criou mocambos. A rebelião datada no ano de 1789, se repetiu por mais duas vezes no local, em 1821 e 1828, e se torna ainda mais excepcional quando, após inúmeras tentativas de expedições militares para reprimi-la, os rebeldes elaboram um “tratado de paz” para negociar cláusulas com as condições para seu retorno ao Engenho e ao cárcere.

Localizado em Ilhéus, afastado dos centros de poder e política, o latifúndio do Engenho de Santana foi criado no século XVI. Não se tem muitas notícias dele - além dos ataques indígenas - até o início do século XVII, quando os jesuítas o adquirem por herança e assim o mantém até a expulsão orquestrada por Marquês de Pombal em 1759. Com o fim da administração jesuítica pelo confisco do governo, a unidade passaria a pertencer ao particular Manoel da Silva Ferreira em 1770 e a ampliação operacional seria evidente, chegando a ter 300 escravizados e um nível de meia tonelada de açúcar produzido anualmente por cada trabalhador escravizado.

A grandiosidade do engenho de Santana viria, sem dúvida, acompanhada por tensões e dificuldades. Para estancar os motins e garantir a elevação da produtividade uma série de estratégias foram adotadas pelos senhores como forma de articular a mão de obra em prol do lucro. São exemplos disso a política de uniões conjugais entre os cativos, a composição do plantel por uma maioria absoluta de escravizados nascidos no Brasil, o equilíbrio na proporção entre homens e mulheres. Além disso, com a chamada “brecha camponesa” propiciava-se a concessão de pequenos lotes de terra voltados para a subsistência dos escravizados ou mesmo alimentação do mercado interno.

Apesar de todas as tentativas de atenuar as latentes contradições, os crioulos (negros nascidos no Brasil) de Santana se articularam - não em nome da solidariedade étnica africana, como era comum em toda a Bahia, mas sim por objetivos e insatisfações referentes ao regime de trabalho específicos - e cessaram as atividades.

A rebelião geraria desdobramentos originais. Sob a liderança do cabra Gregório Luís os rebeldes apresentaram ao senhor uma lista com 19 artigos em que deixavam claros seus objetivos e interesses. Dentre as exigências predominaram as que se atrelavam diretamente ao regime de trabalho, como redução das cotas femininas de cultivo da mandioca, redução de 30% da cota diária dos cortadores de cana e número mínimo de escravizados escalados para determinadas tarefas e atividades. Também foram reclamados o direito de escolher os feitores, mais transportes para vender seus produtos - reduzindo os custos de fretagem - e controle dos equipamentos do engenho, por exemplo.

Tamanho engajamento e articulação dos negros representava uma ameaça inaceitável por parte do proprietário que, de forma dissimulada fingiu acatar as cláusulas negociadas e aceitar a nova forma reduzida de escravidão. Na primeira oportunidade o proprietário tratou de reprimir o movimento. Os envolvidos que não fugiram para as matas e quilombos tão presentes nos sertões da Bahia, foram encarcerados ou vendidos para o Maranhão. A busca por autonomia dentro do regime escravista foi desmantelada.

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