Pq uma pessoa que perdeu uma das vistas em um acidente com produtos quimicos pode recupera-la por meio de terapia com celulas tronco, mas pessoas que perdem as duas vistas na mesma situação não podem fazer o tratamento
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Resposta:De acordo com o coordenador das pesquisas, além da paralisia do membro superior, esse tipo de trauma causa também dor neuropática. Provoca, ainda, a perda de neurônios motores nos segmentos afetados. “A perda neuronal praticamente inviabiliza qualquer recuperação funcional. Para tentar superar esse obstáculo, nós temos tentado estratégias farmacológicas, com o uso de drogas neuroprotetoras. Mais recentemente, temos usado a terapia celular. Utilizamos células-tronco, que apresentam uma série de propriedades, entre elas a capacidade de produzir, localmente, alguns fatores neuroprotetores”, diz.
Dito de forma simplificada, as células-tronco migram para o local lesionado e lá produzem fatores que ajudam na proteção dos neurônios. Ademais, também atuam no sentido de modular as respostas inflamatória e imunológica, que igualmente trazem benefícios à regeneração. “O que se entende atualmente é que esses traumas requerem estratégias multifatoriais que proporcionem um bom resultado prático. As células-tronco cobrem vários aspectos dentro desse enfoque. Nas nossas pesquisas, nós utilizamos primeiramente células-tronco adultas, obtidas de medula óssea. Depois, usamos também células-tronco embrionárias”, relata o professor Alexandre Oliveira.
Estas últimas, continua o docente, têm a capacidade de se diferenciar em diferentes linhagens celulares e de liberar fatores que atuam tanto nas células adjacentes quanto naquelas localizadas um pouco mais distantes. “Por meio de uma colaboração com o professor Sergiy Kyrylenko, que veio da República Tcheca para participar do Programa Professor Visitante da Unicamp, nós demos mais um passo adiante. Nós tivemos acesso a células-tronco embrionárias humanas. Elas foram transformadas em uma linhagem celular, que pode ser cultivada indefinidamente. Além de serem pluripotentes, isto é, terem a capacidade de se diferenciar em quase todos os tecidos humanos, essas células embrionárias foram geneticamente modificadas para expressar em grande quantidade o fator de crescimento fibroblástico denominado FGF2, que cumpre um papel importante na sobrevivência dos neurônios”, pormenoriza o docente do IB.