História, perguntado por pedrosvalda, 1 ano atrás

pq o cristianismo ajudou na queda do imperio romano

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Respondido por jpkof
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Antes da ocupação da Península Ibérica, os Romanos já dominavam vastas regiões do Próximo Oriente. Uma delas era a Palestina com capital em Jerusalém, terra onde se ergueu o sagrado templo do rei Salomão. Aí, Cristo nasceu, pregou e foi crucificado deixando uma marca profunda em todos os que o conheceram.
Tido pelos seus seguidores como o Messias, ensinava o amor, a liberdade de e proclamava a existência de um único Deus, criador de todas as coisas.

Com a morte de Cristo emerge uma nova religião monoteísta – O Cristianismo.
Ou melhor uma nova seita religiosa como muitas outras que pululavam na região.
Uma seita que não sendo sequer a mais popular era sem dúvida a mais perigosa para o Poder.
Durante mais de 300 anos, os seus seguidores foram perseguidos, mortos e usados como divertimento popular , nos coliseus e arenas..O seu principal “crime” era não reconhecerem qualquer autoridade divina ao Imperador Romano.
Mas após um longo martírio, os Cristãos verão, finalmente, a sua religião reconhecida no início do séc. IV, com a inesperada e repentina conversão do imperador Constantino.
De pequena seita, o Cristianismo tornava-se quase de um dia para o outro, por vontade de um homem que afirmou ter tido uma visão, a religião mais popular de todo o Império Romano.
De facto apesar de só no ano de 380, Teodósio ter declarado o Cristianismo como a religião oficial do Império, tal era já há muito uma realidade. Tudo começou com Constantino. A grande vitória que em 312 obteve na Batalha de Ponte Mílvia contra Maxêncio que lhe disputava o título de Imperador, antecedida pela improvavel visão de uma cruz , restaurou-lhe a esperança e mostrou-lhe o caminho. No escudo, surgido por entre as nuvens, onde viu gravada a imagem da cruz latina, Constantino pôde ainda ler a frase: " IN OC SIGNUS VINCES " , " Com este sinal vencerás."
De repente tudo parecia claro.. Era preciso uma nova religião que despertasse os cidadãos do império e os unisse.

Os velhos Deuses não tinham cumprido o seu papel. O Cristianismo, que a todos prometia a salvação e em nome do qual tantos aceitavam morrer, estava mesmo à mão. E tinha tudo o que era preciso. Amor, mistério, martírio, coragem e a agora a redenção com o perdão Imperial. Ainda por cima havia textos consistentes e em abundância para estabelecer as bases de uma verdadeira e sólida crença religiosa..
Pouco importava que a conversão teatral e melodramática de Constantinio, com direito a baptismo e tudo, fosse uma farsa. Desde que o pvo acreditasse...Em privado podia fazer- se de tudo. Mesmo continuar a adorar os velhos Deuses Pagãos, como fazia o Imperador .
O Império precisava de uma nova fé. Essa era a convicção de Constantino.
Assim para que tudo corresse a preceito reuniu-se com os mais importantes líderes Cristãos no Concílio de Niceia, em 325 d.C.
Do vasto conjunto de textos analisados, foram escolhidos os que melhor serviam os objectivos do Império e da nova Igreja. O Imperador e os novos Sacerdotes dividiam entre si um enorme poder.

Os líderes cristãos tornavam - se agora, de acordo com a melhor tradição oriental , nos intermediários entre Deus e os homens. E como nestas coisas há sempre uns que estão mais perto de Deus do que outros , as hierarquias vinham a caminho. Anunciava-se o fim do primitivo Cristianismo libertário e mendicante.
Os textos seleccionados em Niceia, anónimos, mas aos quais foram dados os nomes dos 12 discípulos de Cristo, foram então divulgados sob o nome de "O Novo Testamento."
Ao transformar o Cristianismo na religião do Império, abandonando definitivamente o politeísmo, Constantino pretendia como vimos , pacificar, reanimar e unir em torno de uma só religião e da figura do Imperador , toda a população do Império devastado por um longo período de conflitos internos e externos
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