porquer um territorio é dividido em religiões?
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Resposta:
Atualmente, a ciência geográfica tem voltado seu olhar para os fenômenos que ocorrem no espaço geográfico de cunho cultural, com raiz nas expressões religiosas dos sujeitos e dos povos. A temática da religião tem sido objeto de um pequeno interesse, mas constante, por parte dos geógrafos, principalmente ao final dos anos de 1960, a qual era fortemente inspirada pela geografia cultural da Escola de Berkeley, influenciados por Carl Sauer, tendo David Sopher como o geógrafo mais intimamente ligado à questão. Ele está entre os primeiros que trataram da experiência religiosa na geografia cultural na referida década.
Dessa forma, a religião passa ser examinada no contexto geográfico relacionado à apropriação de determinados segmentos do espaço. Os espaços apropriados efetiva ou afetivamente são denominados territórios. Territorialidade, por sua vez, significa o conjunto de práticas desenvolvido por instituições ou grupos, no sentido de controlar um dado território. É nesta poderosa estratégia geográfica de controle de pessoas e coisas, ampliando muitas vezes o controle sobre espaços, que a religião se estrutura enquanto instituição, criando territórios seus.
Mas, analisando o mundo globalizado atual, pode-se perceber que a religião não possui apenas um ou dois territórios ditos como seus, ou seja, não existem territórios específicos, nacionais, rígidos, imutáveis onde a religião ou a religiosidade é manifestada em sentido estrito. O mundo globalizado acaba por influenciar o fenômeno religioso, e este utiliza-se da globalização em seu benefício.
Tratemos rapidamente, antes de mais nada, de definir o termo globalização como um processo mundial de internacionalização econômica com forte impacto sociocultural. Em outras palavras, a globalização é vista como um processo objetivo de progressiva independência das diferentes sociedades humanas espalhadas pelo planeta, ou seja, há teorias que lêem esse processo como uma nova forma de dominação de umas sociedades sobre as outras.
Ao invés disso, se consideramos a globalização sobretudo como a afirmação de uma consciência global, planetária, nos indivíduos e nas sociedades do nosso tempo, portanto, como um processo subjetivo, poderíamos obter pontos de vista críticos que vêem este processo como uma ulterior forma de colonização moderna das consciências, homologadas pelos modelos das sociedades dominantes no mundo, assim como métodos que, ao contrário, assinalam, na consciência crescente que todos nós temos que fazer parte do mesmo globo e, portanto, temos que partilha totalmente de suas vicissitudes (ecológicas, históricas, políticas, econômicas, religiosas e éticas), o emergir de uma sociedade civil planetária (Pace, 1994), novo lugar da crítica e nova frente de libertação dos fartes poderes multinacionais e ordenamentos estatais que ainda pretendem ditar a lei no mundo (Zolberg, 1983).
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