História, perguntado por danisvs1, 1 ano atrás

Porque Salvador se chama Salvador?

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Respondido por alcantarallan
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Quando o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, aportou na enseada, onde hoje se localiza o Porto da Barra, em 29 de março de 1549, com três naus, duas caravelas e um bergantim, tinha ordem expressa do Rei de Portugal, D. João III, para fundar uma cidade-fortaleza, chamada do São Salvador, devido a sua localização e qualidades portuárias.
Coube ao mestre-de-obras lusitano, Luís Dias, executar a construção da fortaleza. O plano mais alto do sítio, que compreende a atual Praça Castro Alves até Santo Antonio Além do Carmo, fora escolhido para as primeiras instalações. Inicialmente erguido de barro e taipa, o Palácio do Rio Branco abrigou o governo de Tomé de Sousa.
Vieram nas embarcações do governador-geral mais de mil pessoas, entre elas, o primeiro médico nomeado para o Brasil, Dr. Jorge Valadares, o farmacêutico, Diogo de Castro, 600 militares, degredados, fidalgos e os primeiros padres jesuítas.

Arraial do Pereira

Ao desembarcar, Tomé de Sousa foi recebido por Diogo Álvares, que naufragara nas águas da baía em 1509, e fora acolhido pela tribo de Tupinambás que vivia na região. Então, o europeu Diogo passou a chamar-se de Caramuru e casara-se com a índia Paraguaçu, filha do cacique Taparica. Paraguaçu, posteriormente, batizada na França, recebeu o nome de Katherine du Brézil. Tornaram-se o primeiro casal cristão do Brasil. Caramuru desempenhou importante papel na construção de Salvador.
Antes da fundação da primeira capital do Brasil, em 1536, chegou o primeiro donatário, Francisco Pereira Coutinho, que fundou o Arraial do Pereira nas imediações de onde está a Ladeira da Barra (no período de fundação de Salvador era conhecida como Vila Velha). Pereira Coutinho desencadeou diversas revoltas indígenas devido a sua crueldade e acabou morto numa festa antropofágica dos índios, em Itaparica.
Após Tomé de Sousa, Duarte da Costa foi o governador-geral do Brasil, em 1553, trazendo 260 pessoas, entre elas o jesuíta José de Anchieta e órfãs para servirem de esposa para os colonos. O terceiro governador-geral foi Mem de Sá, que governou até 1572. A Cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi a capital, e sede da administração colonial do Brasil até 1763.

Salvador despertou cobiça

Os primeiros escravos que aportaram na capital do Novo Mundo vieram da Nigéria, Angola, Senegal, Congo, Benin, Etiópia e Moçambique, a partir de 1550. A chegada dos escravos africanos impulsionou a cultura da cana-de-açúcar, do algodão, fumo e a criação de gado, na região do Recôncavo.
Devido à localização estratégica, o porto de Salvador servia de apoio logístico para a navegação no Atlântico, ao sul da linha do equador, e para exportação de açúcar. Em 1583, Salvador já tinha duas praças, três ruas e cerca de 1600 habitantes. A sua localização e riquezas atraíram a atenção de aventureiros. No Final do Século XVI e início do Século XVII, eram constantes saques e bombardeios de corsários ao porto de Salvador.
Em 1580 ocorreu a união das coroas portuguesa e espanhola, situação que contrariou interesses estrangeiros. Ao expirar o tratado de paz entre a Espanha e os Países Baixos, em 1624, a Companhia das Índias atacou Salvador. Os invasores permaneceram por 11 meses até serem expulsos pela armada espanhola. Mais uma tentativa dos holandeses acorreu no ano de 1638, comandada por Maurício de Nassau. Mas a investida não obteve êxito.
A sede do Vice-reino foi transferida para o Rio de Janeiro em 1763. Em 1808 Salvador recebeu a família real portuguesa, ela fugia de Napoleão Bonaparte que invadia a Europa. Na ocasião, o príncipe-regente, D. João VI, fundou a primeira Escola Médico-Cirúrgica, no Terreiro de Jesus, que se tornou a primeira faculdade de Medicina do Brasil.
Salvador foi construída pela miscigenação (brancos, negros e índios), de Catarina Paraguaçu, a índia que se tornou européia e Diogo Caramuru, o europeu acolhido pelos índios, pelos escravos africanos que aqui fincaram novas raízes. Também foi chamada de Roma Negra, por ser considerada a cidade de maior população negra fora da África.
Junto a essa mistura, sua bandeira simboliza a liberdade e a esperança com uma pomba carregando um ramo. “Sic illa ad arcam reversa est", em português: "e assim a pomba voltou à ar
Respondido por affkaraio2020
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Resposta:

Quando o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, aportou na enseada, onde hoje se localiza o Porto da Barra, em 29 de março de 1549, com três naus, duas caravelas e um bergantim, tinha ordem expressa do Rei de Portugal, D. João III, para fundar uma cidade-fortaleza, chamada do São Salvador, devido a sua localização e qualidades portuárias.

Coube ao mestre-de-obras lusitano, Luís Dias, executar a construção da fortaleza. O plano mais alto do sítio, que compreende a atual Praça Castro Alves até Santo Antonio Além do Carmo, fora escolhido para as primeiras instalações. Inicialmente erguido de barro e taipa, o Palácio do Rio Branco abrigou o governo de Tomé de Sousa.

Vieram nas embarcações do governador-geral mais de mil pessoas, entre elas, o primeiro médico nomeado para o Brasil, Dr. Jorge Valadares, o farmacêutico, Diogo de Castro, 600 militares, degredados, fidalgos e os primeiros padres jesuítas.

Arraial do Pereira

Ao desembarcar, Tomé de Sousa foi recebido por Diogo Álvares, que naufragara nas águas da baía em 1509, e fora acolhido pela tribo de Tupinambás que vivia na região. Então, o europeu Diogo passou a chamar-se de Caramuru e casara-se com a índia Paraguaçu, filha do cacique Taparica. Paraguaçu, posteriormente, batizada na França, recebeu o nome de Katherine du Brézil. Tornaram-se o primeiro casal cristão do Brasil. Caramuru desempenhou importante papel na construção de Salvador.

Antes da fundação da primeira capital do Brasil, em 1536, chegou o primeiro donatário, Francisco Pereira Coutinho, que fundou o Arraial do Pereira nas imediações de onde está a Ladeira da Barra (no período de fundação de Salvador era conhecida como Vila Velha). Pereira Coutinho desencadeou diversas revoltas indígenas devido a sua crueldade e acabou morto numa festa antropofágica dos índios, em Itaparica.

Após Tomé de Sousa, Duarte da Costa foi o governador-geral do Brasil, em 1553, trazendo 260 pessoas, entre elas o jesuíta José de Anchieta e órfãs para servirem de esposa para os colonos. O terceiro governador-geral foi Mem de Sá, que governou até 1572. A Cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi a capital, e sede da administração colonial do Brasil até 1763.

Salvador despertou cobiça

Os primeiros escravos que aportaram na capital do Novo Mundo vieram da Nigéria, Angola, Senegal, Congo, Benin, Etiópia e Moçambique, a partir de 1550. A chegada dos escravos africanos impulsionou a cultura da cana-de-açúcar, do algodão, fumo e a criação de gado, na região do Recôncavo.

Devido à localização estratégica, o porto de Salvador servia de apoio logístico para a navegação no Atlântico, ao sul da linha do equador, e para exportação de açúcar. Em 1583, Salvador já tinha duas praças, três ruas e cerca de 1600 habitantes. A sua localização e riquezas atraíram a atenção de aventureiros. No Final do Século XVI e início do Século XVII, eram constantes saques e bombardeios de corsários ao porto de Salvador.

Em 1580 ocorreu a união das coroas portuguesa e espanhola, situação que contrariou interesses estrangeiros. Ao expirar o tratado de paz entre a Espanha e os Países Baixos, em 1624, a Companhia das Índias atacou Salvador. Os invasores permaneceram por 11 meses até serem expulsos pela armada espanhola. Mais uma tentativa dos holandeses acorreu no ano de 1638, comandada por Maurício de Nassau. Mas a investida não obteve êxito.

A sede do Vice-reino foi transferida para o Rio de Janeiro em 1763. Em 1808 Salvador recebeu a família real portuguesa, ela fugia de Napoleão Bonaparte que invadia a Europa. Na ocasião, o príncipe-regente, D. João VI, fundou a primeira Escola Médico-Cirúrgica, no Terreiro de Jesus, que se tornou a primeira faculdade de Medicina do Brasil.

Salvador foi construída pela miscigenação (brancos, negros e índios), de Catarina Paraguaçu, a índia que se tornou européia e Diogo Caramuru, o europeu acolhido pelos índios, pelos escravos africanos que aqui fincaram novas raízes. Também foi chamada de Roma Negra, por ser considerada a cidade de maior população negra fora da África.

Junto a essa mistura, sua bandeira simboliza a liberdade e a esperança com uma pomba carregando um ramo. “Sic illa ad arcam reversa est", em português: "e assim a pomba voltou à ar

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