Porque o corpo materno mesmo reconhecendo o embrião como agente estranho não ocorre a expulsão?
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Investigadores americanos descobriram, em parte, o motivo pelo qual, o sistema imunitário da mãe não rejeita o feto como um tecido estranho, dá conta um estudo publicado na “Science”.
Os investigadores liderados por Adrian Erlebacher descobriram que a implantação do embrião desencadeia um processo que, em última análise, inativa uma via necessária para que o sistema imunológico ataque os corpos estranhos. Deste modo, as células imunes nunca são recrutadas para o local do implante e, consequentemente, não podem prejudicar o desenvolvimento do feto.
Uma característica central da defesa natural do sistema imunitário contra os tecidos transplantados estranhos e agentes patogénicos é a produção de um tipo de proteínas, as quimiocinas, como um resultado da resposta inflamatória local. As quimiocinas são recrutadas por vários tipos de células do sistema imunológico, incluindo os linfócitos T ativados, que se acumulam e atacam o tecido ou patógenio. O recrutamento de quimiocinas, mediado pelos linfócitos T ativados, para locais de inflamação é uma parte integrante da resposta imune.
Contudo, durante a gravidez os antigénios do feto em desenvolvimento e da placenta entram em contacto com as células do sistema imune materno, mas não provocam uma resposta de rejeição típica tal como ocorre nos casos dos órgãos transplantados.