Porque Garcia-Roza afirma que com Freud tivemos a terceira grande ferida narcísica da história da humanidade?
Soluções para a tarefa
Considerando que a regra fundamental da psicanálise através da associação livre constitui um convite para que o sujeito da experiência tome distância da coerência e lógica cotidiana produzindo no enlace da transferência e da elaboração de um novo saber, temos aqui uma oportunidade ainda não explorada pelo conhecimento científico, qual seja, considerar no domínio da sua prática um terceiro excluído que possa ser alcançado pela episteme psicanalítica. Ao mesmo tempo em que a psicanálise expõe a terça ferida narcísica, ela pode apresentar como uma possibilidade para uma nova abordagem do e pelo sujeito da ciência. A escuta e prática clínica do pensamento psicanalítico está em mostrar que a consciência é um tipo de lógica possível, mas não a única. A psicanálise, baseada na experiência que lhe é própria, procura evidenciar os modos possíveis, mas não pretende afirmar uma verdade, deste modo deixando inscrever um não saber, um terceiro excluído.
Segundo o psicanalista Luiz Alfredo Garcia-Roza (1936-2020), com Freud o ser humano teve sua terceira grande ferida narcísica, pois descobriu que sua consciência sobre si mesmo não era suficiente para comportar toda sua essência, pois o que se sabe sobre si mesmo nem mesmo contempla a própria vida psíquica, ou seja, o que se passa internamente.
Seria então as três feridas narcísicas, propostas por Freud:
- Orgulho
- Auto-estima
- Amor-próprio
Portanto, o amor-próprio foi ferido no momento em que descobriu-se que nem mesmo se conhece, e se não se conhece não se pode amar de verdade, e ainda se não se conhece, nem é mesmo possível conhecer o outro.
Freud baseava seus preceitos no mito de Narciso, que discorre sobre o amor exagerado de um rapaz por si próprio, que o fez definhar e perder sua vida na admiração da própria imagem.
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Bons estudos!