Porque existe metilação do Dna?
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Resposta:Num mesmo organismo pluricelular existem diferentes tipos de células e as
diferenças são induzidas pelo controle dos genes que são transcritos (activados) em cada
célula. Algum processo deverá actuar no DNA para que esses diferentes tipos de células se
formem durante o desenvolvimento do ser vivo, de outra forma, todas as células somáticas
do organismo, possuidoras da mesma carga cromossómica, seriam idênticas. O processo de
controle da transmissão de genes activados e desactivados, de uma geração de células às
seguintes, ainda não está bem esclarecido. O que se sabe é que muitas células mantêm as
suas características únicas quando são estabelecidas em cultura in vitro. Os mecanismos
regulatórios envolvidos devem ser estáveis e, uma vez estabelecidos, são transmitidos às
células-filha quando a célula se divide. Existem vários modelos para explicar os mecanismos
da regulação génica. A metilação do DNA (uma modificação química que se observa pela
ligação de um grupo metil ao carbono 5 da citosina - Fig. 1), suprime a transcrição de
determinados genes e também promove a alteração da estrutura da cromatina para formas
mais condensadas. Mas, o modelo proposto para explicar a influência da metilação do DNA
na expressão génica, não deixa de ser polémico pois, para uma grande parte dos genes
envolvidos nesse último fenómeno, torna-se necessário o controle adicional de determinadas
proteínas regulatórias.
Pretendemos expor alguns dos argumentos e evidências a favor e contra a relação
causal entre a expressão génica e a metilação do DNA e, em particular, a influência deste
processo nos fenómenos da inactivação dos genes, da marcação parental do genómio, da
diferenciação e do envelhecimento das células e organismos.