Filosofia, perguntado por larissafbonfim, 11 meses atrás

porque devir é ameaçador para muitos filósofos?​

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Respondido por marcusaquino
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O devir (ou porvir) é um termo que indica uma dinâmica da realidade em relação ao futuro - o vir a ser. Esse termo, utilizado em contraposição à permanência socrática por Heráclito de Éfeso na Grécia Antiga, refere-se ao processo de transformação dos seres e das coisas, ao conjunto de mudanças que se  manifestam à medida que o tempo evolui: da semente à árvore; do ovo à galinha...

Devido à sua inconstância, filósofos como Hegel, em sua análise dialética do real, sustentam que a expressão denota um tipo de sujeito com infinitos ciclos, com vida própria, muitas vezes incapaz de ser reconhecido, tal como é possível com as substâncias estáveis, as coisas em si.

A noção do devir, posta também por filósofos como Parmênides relativamente à mutabilidade dos elementos, serviu de base para pensadores dialéticos como Heidegger, Nietzsche e o já citado Hegel, em um processo como o ser em si, fora de si e para si; as razões por que tal método recebe críticas e é tachado como perigoso é - além de sua dinâmica e obscuridade - o caminho extremo pelo qual pensadores como Marx e outros neo-hegelianos percorreram em sua base, por forçarem um conhecimento absoluto, por exemplo, pela simples colocação de tese - antítese - síntese, em uma exclusão de outras formas de conhecimento.

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