Porque devemos questionar os "valores" do eurocentrismo"?
Soluções para a tarefa
Resposta:
O eurocentrismo gerou dicotomias que naturalizam e hierarquizam as desigualdades, como centro e periferia, superior e inferior, civilizado e selvagem, desenvolvimento e subdesenvolvimento, entre outras. O domínio eurocêntrico promove essas desigualdades, configura os imaginários sociais e sufoca a possibilidade de um processo cultural capaz de valorizar positivamente a diversidade. Temos o dever de combater o eurocentrismo como legado imposto. Para isso, é necessário inverter as questões: em vez de nos perguntarmos se somos racistas, deveríamos nos perguntar “como acabar com o racismo que habita em nós?”
Explicação:
A filosofia é uma atividade que nos permite expandir a inesgotável capacidade humana de pensar, subverter, criar, amar e resistir. Nesse sentido, a filosofia é amante da rebeldia. A rebeldia se materializou nas lutas cotidianas para desnormalizar a opressão e ensaiar formas de estar no mundo em sintonia com sociedades mais igualitárias. Para isso, a filosofia tem de ser descolonizada. Isso significa, entre outras coisas, criar práticas capazes de tornar visível o que estava localizado fora ou à margem do cânone filosófico ocidental, valorizar as experiências dos seres humanos separados da filosofia (indígenas, mulheres, LGBTQI+, negros, etc.) e promover trocas com outras linguagens filosóficas e outros saberes, como a música, o graffiti, as danças populares, entre outros.