Porque as pinturas de durval pereira podem ser considerados arte?
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Depois de mais de 30 anos praticamente esquecida, a obra do pintor paulistano Durval Pereira (1918-1984) volta à tona com a mostra Durval Pereira – Impressões brasileiras/100 anos. “Ele foi o maior impressionista brasileiro, o maior paisagista do século 20”, elogia o curador da exposição, Lut Cerqueira. A exposição chega hoje a Ouro Preto com 220 quadros, divididos em setores montados na Casa dos Contos, no anexo do Museu da Inconfidência, no Grêmio Literário Tristão de Ataíde e no Centro Cultural e Turístico do Sistema Fiemg.
Ouro Preto, uma das grandes inspirações na obra do artista, foi uma opção sentimental. “Tínhamos obrigação emocional e moral com ele”, justifica Lut, lembrando que as viagens de Durval pelo interior do estado eram frequentes nos anos 1940. Além de Ouro Preto – onde o pintor dizia encontrar novos motivos e novas alegrias – Mariana, Diamantina, Tiradentes e São João del-Rey também estavam incluídas em viagens.
Dividir a mostra pelas principais salas da cidade histórica foi opção encontrada para trazer a exposição completa, que exige espaço de mil metros quadrados. Por sugestão da direção da Casa dos Contos, a curadoria da mostra aceitou a ideia de levá-la a mais de um espaço simultaneamente.
O ressurgimento do interesse pela obra de Durval ocorreu por acaso. O advogado pernambucano Hebron Oliveira se apaixonou por um quadro do artista na parede da casa dos pais. “Desde criança convivi com aquela obra, que chamava a minha atenção por uma iluminação diferente, uma tridimensionalidade. Era um casario, um quadro muito lindo”, recorda.