PORQUE A CONTRACULTURA É CONSIDERADO UM MOVIMENTO JUVENIL?
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Resposta:
Contracultura é um conceito, uma categoria específica, utilizada para designar uma série de práticas e movimentos culturais juvenis nas décadas de 1950 e principalmente 1960 nos Estados Unidos e que foi paralelamente adotada em outros lugares do mundo. A contracultura é fruto de uma sociedade opressora, sendo praticada, reivindicada por jovens que fugiram da padronização da cultura social do ocidente após a segunda guerra mundial. Esse termo difundiu durante muito tempo no senso comum a idéia de juventude transgressiva, porém o trataremos aqui sob outra ótica, a da produção e ação cultural. Pois, compreendemos que os jovens responderam a esta sociedade estandardizada não somente através de idéias, mas também de ações, mostrando ao mundo o que almejavam. Segundo Cortés (2008) a contracultura é um conceito essencial para entendermos toda uma geração que viveu na década de 1960, e que era descontente com a sociedade tal como era imposta. Portanto, entendemos que, através da contracultura os jovens tiveram a oportunidade de se expressarem de forma livre. Esta cultura juvenil foi importante para que a juventude obtivesse visibilidade em uma sociedade adulta e desta forma, tentar criar um modelo novo de sociedade. Para Cortés (2008), “el término counterculture, de acuerdo com Bennet (2001), es um término que ayuda a entender la desilusión de los jóvenes de esa época acerca del control de la cultura parental y de la falta de deseo de no querer formar parte de la máquina de La sociedad.” (CORTÉS, 2008, p. 263) Já para Roszak (1972), mais que uma forma de entender a “desilusão da juventude”, a contracultura se transformou em um instrumento a favor da construção de uma nova sociedade. Contra uma sociedade imposta, a contracultura é a ação dos jovens. A juventude não pode ser resumida à uma fase da vida, ou seja à idade, pois está ligada diretamente às práticas sociais do indivíduo. Na sociedade contemporânea o poder do jovem extrapolou (e extrapola até os dias atuais) os limites etários, criando novas formas de viver e atuar na sociedade da qual faz parte. Segundo Roszak (1972), os jovens colocaram em prática aquilo que os adultos criaram em teoria nas grandes universidades, pois “(…) arrancaram-nas (as teorias) de livros e revistas escritos por uma geração mais velha de rebeldes, e as transformaram em um estilo de vida. Transformaram as hipóteses de adultos descontentes em experiências (…)”. (ROSZAK, 1972, p. 37) Portanto, não há como desvincular a categoria contracultura das categorias de juventude e de rebeldia.
Explicação:
Espero ter ajudado, bons estudos.