Por que pessoas inteligentes caem em mentiras e notícias falsas sobre o coronavírus?
A BBC já desmentiu várias informações falsas que estavam sendo espalhadas sobre o coronavírus, incluindo mentiras
sobre curas inexistentes. (...) E muitas vezes, as informações falsas são tão perigosas quanto a doença. (...) Nos Estados
Unidos, um homem morreu após se automedicar com cloroquina em seu formato usado para fazer limpeza de aquário.
(...) Uma pesquisa do instituto YouGov e da revista The Economist de março de 2020 descobriu que 13% dos
americanos acreditavam que a crise da covid-19 era uma farsa. Outros 49% acreditavam que a pandemia poderia ter sido
provocada pelo homem. E, (...) é fácil encontrar exemplos de muitas pessoas instruídas que caem nesse tipo de mentira.
(...) Mesmo alguns líderes mundiais — de quem você esperaria ter maior discernimento quando se trata de rumores
infundados — estão espalhando informações imprecisas sobre o risco do surto e promovem remédios não comprovados
que podem causar mais mal do que bem. Isso levou o Twitter e o Facebook a fazerem algo inédito: removerem postagens
de líderes mundiais por espalharem desinformação.
Os psicólogos já estudam esse fenômeno há alguns anos. E as respostas que eles encontraram podem indicar novas
maneiras de nos protegermos das mentiras e ajudarmos a conter a disseminação de notícias falsas e comportamentos
nocivos.
Sobrecarga de informação
Parte do problema surge do excesso de mensagens. Somos bombardeados com informações o dia todo, todos os dias
e, portanto, frequentemente confiamos em nossa intuição para decidir se algo é verdade.
Os fornecedores de notícias falsas podem fazer com que suas mensagens pareçam "verdadeiras" através de alguns
truques simples, que nos desencorajam nosso pensamento crítico — com práticas como verificar a credibilidade da fonte.
(...)Eryn Newman, da Universidade Nacional Australiana, por exemplo, mostrou que a simples presença de uma
imagem ao lado de uma declaração aumenta nossa confiança em sua veracidade(...). Por razões semelhantes, a
desinformação incluirá linguagem descritiva ou histórias pessoais que parecem realistas. Também apresentará apenas fatos
ou números familiares o suficiente — como mencionar o nome de um corpo médico reconhecido — para fazer a mentira
parecer convincente, permitindo que ela se amarre ao nosso conhecimento anterior.
Até a simples repetição de uma afirmação — seja o mesmo texto ou várias mensagens — pode aumentar a aparência
de "veracidade", estimulando os sentimentos de familiaridade, que confundimos com precisão factual. (...)
Compartilhar antes de pensar
(...) Evidências recentes mostram que muitas pessoas compartilham conteúdo de forma automática, sem sequer refletir
a respeito. Gordon Pennycook, pesquisador em psicologia da desinformação da Universidade de Regina, Canadá, (...) diz
que “As mídias sociais não incentivam a verdade", (...). As pessoas podem pensar que, se houver alguma verdade nas
informações, isso pode ser útil para amigos e seguidores e, se não for verdade, é algo inofensivo — portanto, o ímpeto é
compartilhá-las, sem perceber que o compartilhamento também causa danos.
Sejam promessas de remédios caseiros ou reclamações sobre algum tipo de conspiração, a promessa de obter uma
forte reação de seus seguidores desviará as pessoas da pergunta óbvia.
Esta pergunta deve ser, é claro: isso é verdade? (...)
Conter a disseminação
(...) Quando se trata de nosso próprio comportamento online, podemos tentar nos libertar da emoção gerada pelo
conteúdo e pensar um pouco mais sobre sua veracidade antes de transmiti-lo. É baseado em boatos ou em evidências
científicas concretas? Você pode encontrar a fonte original? Como ele se compara aos dados existentes? O autor está
usando falácias lógicas comuns para argumentar?
Essas são as perguntas que devemos fazer — em vez de se o post vai gerar muitas curtidas ou se "poderia" ser útil
para os outros. (...) Como nossas tentativas de conter o vírus em si, precisamos de uma abordagem multifacetada para
combater a disseminação de informações erradas e potencialmente fatais. E, à medida que a crise se aprofunda, será
responsabilidade de todos conter essa disseminação.
ATIVIDADE 01. Responda:
a) Qual é o TEMA (assunto) discutido no texto?
b) É um assunto científico?
c) Ele pode prejudicar a vida das pessoas?
d) Você considera importante pesquisar e entender mais sobre o assunto?
ATIVIDADE 02. As afirmações que o texto apresenta são opiniões de um autor ou são resultados de pesquisas
e evidências científicas? Dê exemplos.
ATIVIDADE 03. – Quais são os especialistas e instituições (universidades, revistas, institutos, empresas) que
estudam o assunto?
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Resposta:
deve ser porque essas pessoas inteligentes estão tão preocupadas com isso q elas só aceitam assas Fake News
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