Por que os Portugueses deram preferência a mão de obra negra africana do que a nativa do Brasil?
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
O primeiro ponto que havia de discussão na igreja católica apostólica romana era a da existência da "alma" indígena, segundo a crença dos invasores a inexistência de uma alma a ser salva ( no caso, a indígena) permitiria a escravização destes. Na prática a escravização indígena não respeitava tal preceito e ocorria de fato, tanto por parte dos invasores, quanto daqueles que em princípio eram enviados para a evangelização/ salvação destes ( os jesuítas). A exploração da mão de obra indígena se manteve por séculos ( não que atualmente não aconteça) fazendo com que aqueles que não vieram a morrer no contato com o "não-índio" se embrenhassem cada vez mais no interior do território brasileiro, tornando a sua captura mais difícil aos portugueses. Acostumados a uma vida comum e normal em que se retiravam da terra tudo que precisavam, ao serem capturados e tendo seu espaço limitado, os indígenas que sobreviveram aos primeiros contatos, acabaram por se viciar em hábitos que não eram de sua cultura, como por exemplo, o vício em aguardente ( lembremos que a primeira exploração monocultora no Brasil, foi a de açúcar e rendeu aos portugueses milhões), subproduto da exploração de cana. Sendo assim, os indígenas que se rendiam aos invasores, além de se renderem à exploração, ainda eram viciados por vícios alheios a sua cultura, não sendo uma mão de obra produtiva. Para além desses motivos havia a questão negra: a exploração da mão obra africana ( e consequentemente de seus territórios) se mostrou muito mais rentável, pois estes eram considerados mais resistentes e desprovidos de alma ( segundo a própria igreja), o que justificava sua escravização para um português católico daquele período.
Perguntas interessantes