Biologia, perguntado por mluizalferreira2007, 9 meses atrás

por que os fungos parasitas afetam a produção de sementes e frutos nas plantas?

Soluções para a tarefa

Respondido por nayaracm27
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Resposta:

Os fungos, por serem aclorofilados, não realizam fotossíntese e são, portanto, heterotróficos, tendo de retirar seu alimento de algum substrato que pode ser o húmus do solo, restos de cultura, plantas vivas etc. As hifas ramificam-se em todas as direções no substrato, formando o micélio.

As hifas ou micélio, quanto ao número de núcleos, podem ser uninucleadas, binucleadas e multinucleadas. A extremidade da hifa é a região de crescimento. O protoplasma na extremidade da hifa sintetiza um grande número de enzimas e ácidos orgânicos que são difundidos no substrato e que quebram a celulose, amido, açúcares, proteínas, gorduras e outros constituintes do substrato utilizando-os como alimento e energia para o crescimento do fungo.

O crescimento do micélio de um fungo parasita pode ser interno ou externo em relação ao tecido do hospedeiro. O micélio externo não penetra na epiderme dos órgãos, nutrindo-se através dos exsudatos (açúcares) da planta e ocorrendo como um emaranhado na superfície de folhas, caules ou frutos. O micélio interno pode ser subepidérmico, quando se desenvolve entre a cutícula e as células epidermais; intercelular, quando penetra no hospedeiro e localiza-se nos espaços intercelulares, sem penetrar nas células, absorvendo os nutrientes através de órgãos especiais chamados haustórios ou diretamente por difusão através da parede celular; ou intracelular, quando penetra dentro da célula hospedeira, absorvendo os nutrientes diretamente. Existem espécies que têm capacidade de penetrar diretamente pela superfície intacta do hospedeiro. Estas espécies apresentam órgãos especiais, chamados apressórios, que se fixam na superfície do hospedeiro e no ponto de contato ocorre a dissolução do tecido formando um pequeno orifício (microscópico).

No processo de desenvolvimento os fungos formam estruturas vegetativas que funcionam como estruturas de resistência, tais como:

- Rizomorfas: estruturas macroscópicas formadas por hifas entrelaçadas no sentido longitudinal, com crescimento semelhante a uma raiz.

- Esclerócios: estruturas macroscópicas formadas pelo enovelamento de hifas com endurecimento do córtex.

- Clamidosporos: estruturas microscópicas formadas pela diferenciação de células da hifa, com a formação de uma parede espessa.

Todas essas estruturas permanecem em repouso quando as condições são desfavoráveis, entrando em atividade quando as condições se tornam favoráveis.

2.2. Fase Reprodutiva

Os esporos são as estruturas reprodutivas dos fungos e funcionam como uma semente, diferindo desta por não possuírem um embrião pré-formado.

Os esporos são produzidos nos esporóforos, que são ramificações especializadas ou tecido do talo ou hifas. Os esporóforos recebem uma denominação específica de acordo com a classe do fungo: conidióforo nos Deuteromicetos ou esporangióforo nos Oomicetos.

As células esporógenas são protegidas por corpos de frutificação, como peritécios, apotécios e picnídios. Nos Ascomicetos as células esporógenas compreendem as ascas e nos Basidiomicetos as basídias.

Os esporos são comumente unicelulares, mas em muitas espécies podem ser divididos por septos, formando células. Os esporos podem ser móveis (zoósporos) ou imóveis, de paredes espessas ou finas, hialinas ou coloridas, com parede celular lisa ou ornamentada, às vezes com apêndice filiforme simples ou ramificado. Em muitas espécies de fungos, a coloração e o número de septos dos esporos variam conforme a idade.

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