Por que o teatro Revista se tornou popular no Brasil?
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O teatro de revista tornou-se um gênero popular no Brasil a partir do final do século XIX.
Entre os principais escritores de revista estava Arthur Azevedo. Em uma de suas revistas, intitulada A Fantasia (1896), ele apresenta a seguinte definição para o gênero:
"Pimenta sim, muita pimenta
E quatro, ou cinco, ou seis lundus,
Chalaças velhas, bolorentas,
Pernas à mostra e seios nus"....
Pode-se então caracterizar o teatro de revista como um veículo de difusão de modos e costumes, como um retrato sociológico, ou como um estimulador de riso e alegria através de falas irônicas e de duplo sentido, canções "apimentadas" e hinos picarescos.
A questão visual era uma grande preocupação em peças deste gênero, pois fazia-se necessário manter o "clima" alegre, descontraído, ao mesmo tempo em que se revelava, em última instância, a hipocrisia da sociedade. Para isso, os cenários criados eram fantasiados e multicoloridos, afim de apresentar uma realidade superdimensionada. O corpo, neste contexto, era muito valorizado, fosse pelo uso de roupas exóticas, pelo desnudamento opulento ou pelas danças.
O acompanhamento musical também era uma de suas características marcantes. Seus autores acreditavam que comentar a realidade cotidiana com a ajuda da música tornava mais agradável e eficiente a transmissão das mensagens.
Além disso, destacavam-se como elementos composicionais de uma revista o texto em verso, a presença da opereta, da comédia musicada, das representações folclóricas - o pastoril e fandango -, e da dança.
Importante ressaltar que o teatro de revista visava a agradar a diferentes segmentos da sociedade. Os elementos que a caracterizam são demonstrativos disso. A forma popular de representação abrangia a opereta, a ópera-cômica, o vandeville (interpretação de canções ligeiras e satíricas) e a revista, equivalentes para a pequena burguesia; e a forma aristocrática, exclusiva da nobreza, equivalia à ópera.
No conteúdo, a crítica de costumes. Essa mistura da sátira e crítica resultou, no Brasil, no que se convencionou chamar de burleta, gênero do qual Arthur Azevedo mais se apropriou para criar os enredos de suas revistas.
Entre os principais escritores de revista estava Arthur Azevedo. Em uma de suas revistas, intitulada A Fantasia (1896), ele apresenta a seguinte definição para o gênero:
"Pimenta sim, muita pimenta
E quatro, ou cinco, ou seis lundus,
Chalaças velhas, bolorentas,
Pernas à mostra e seios nus"....
Pode-se então caracterizar o teatro de revista como um veículo de difusão de modos e costumes, como um retrato sociológico, ou como um estimulador de riso e alegria através de falas irônicas e de duplo sentido, canções "apimentadas" e hinos picarescos.
A questão visual era uma grande preocupação em peças deste gênero, pois fazia-se necessário manter o "clima" alegre, descontraído, ao mesmo tempo em que se revelava, em última instância, a hipocrisia da sociedade. Para isso, os cenários criados eram fantasiados e multicoloridos, afim de apresentar uma realidade superdimensionada. O corpo, neste contexto, era muito valorizado, fosse pelo uso de roupas exóticas, pelo desnudamento opulento ou pelas danças.
O acompanhamento musical também era uma de suas características marcantes. Seus autores acreditavam que comentar a realidade cotidiana com a ajuda da música tornava mais agradável e eficiente a transmissão das mensagens.
Além disso, destacavam-se como elementos composicionais de uma revista o texto em verso, a presença da opereta, da comédia musicada, das representações folclóricas - o pastoril e fandango -, e da dança.
Importante ressaltar que o teatro de revista visava a agradar a diferentes segmentos da sociedade. Os elementos que a caracterizam são demonstrativos disso. A forma popular de representação abrangia a opereta, a ópera-cômica, o vandeville (interpretação de canções ligeiras e satíricas) e a revista, equivalentes para a pequena burguesia; e a forma aristocrática, exclusiva da nobreza, equivalia à ópera.
No conteúdo, a crítica de costumes. Essa mistura da sátira e crítica resultou, no Brasil, no que se convencionou chamar de burleta, gênero do qual Arthur Azevedo mais se apropriou para criar os enredos de suas revistas.
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