História, perguntado por Queilasilva388, 11 meses atrás

Por que o movimento de libertação de 1789 não deu certo

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Respondido por leolion488pa6uh8
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 Em fins do século XVIII, iniciaram-se os movimentos que tinham como objetivo libertar a colônia do domínio econômico português. Deste momento em diante, tomou-se consciência da exploração colonial como um todo.
            Entretanto, os movimentos de libertação colonial só podem ser entendidos dentro de um panorama que envolve a crise do capitalismo comercial e a passagem para o capitalismo industrial, conseqüência da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra na segunda metade do século XVIII.
            Com o desenvolvimento do capitalismo industrial, tornou-se necessário estabelecer novas relações econômicas entre os países. O livre-cambismo, política econômica da industrialização, forçava a abertura de novas frentes de comércio.
            A partir daí, era preciso extinguir o pacto colonial, pois este era um empecilho às livres relações comerciais entre os países.
            A superação do pacto colonial interessava sobremaneira à classe dominante colonial (aristocracia agrária, principalmente), que via nisto a possibilidade de se ver livre definitivamente dos monopólios metropolitanos e da submissão aos comerciantes portugueses.
            A Revolução Industrial transformou a Inglaterra no centro do capitalismo, subordinado ainda mais as antigas metrópoles e suas colônias. Como nação pioneira na Revolução Industrial, dava nova forma ao sistema de relações entre as nações.
            Com isso, a Inglaterra garantia para si os mercados produtores de  matérias-primas e os mercados consumidores de produtos industrializados.
            As metrópoles ibéricas, Portugal e Espanha, não se encontravam em condições de avançar para a nova fase do capitalismo - não haviam acumulado capital suficiente para iniciar o processo de industrialização -, e ficaram, por isso mesmo, presas ao mercantilismo e ao absolutismo, isto é, ficaram presas ao Antigo Regime.
            Com a Revolução Industrial, a burguesia se afirmou na ideologia do liberalismo político e econômico. O liberalismo foi a forma de expressão política da burguesia que buscava formas representativas de governo.
            Esta ideologia foi colocada em prática na França, com a revolução de 1789, derrubando violentamente o absolutismo.
            Nas colônias, os movimentos políticos sofreram a influência da crise do centro do sistema. A independência dos Estados Unidos (1776 - primeiro país do continente americano a romper com os laços coloniais) foi a prova de que o colonialismo mercantilista podia ser derrotado.
            No Brasil, a situação era própria:
            "O enriquecimento e o aumento das populações coloniais, principalmente depois da descoberta do ouro, aumentando as exigências de troca e, por outro lado, a ampliação do mercado europeu, fazendo crescer a demanda de produtos coloniais, tornaram, com o tempo, cada vez mais odiosos os monopólios e as restrições comerciais, criando na colônia um ambiente hostil à metrópole e receptivo à pregação revolucionária. " (Emília Viotti da Costa)
            O Iluminismo, filosofia revolucionária da burguesia do século XVIII, consubstanciado no lema "Liberdade, Igualdade (perante a lei), Fraternidade", foi o pensamento que orientou estes movimentos políticos contrários ao Antigo Regime.

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