Por que o futebol passou a ser um grande negócio para indústrias esportivas nacional e internacional
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Resposta:
Como fenômeno social, o futebol esteve fundamentalmente subordinado à lógica substantiva assentada em valores e tradições. Entretanto, a atratividade do esporte como gerador de riqueza passou a ser alvo de investimentos e uma fonte de negócios. A partir do momento em que a lógica de mercado se faz presente nas organizações esportivas, ocorre a inserção e a adoção de elementos do universo empresarial na administração dessas organizações. Conceitos e práticas empresariais passam então a vigorar, modificando o discurso de seus dirigentes, bem como as bases de sua legitimação no seu contexto específico. Assim, a ascensão de uma nova lógica de referência traz consigo novos atores, novos procedimentos e categorias antes exclusivas do ambiente das organizações empresariais, como mercadoria, clientela, eficiência, resultado e competitividade.
Submetidos à lógica de mercado, os jogadores transformam-se em mercadoria; os torcedores, em consumidores; o jogo, em um ativo financeiro, e o futebol é visto como um grande negócio. As relações centram-se na impessoalidade, são criadas e desenvolvidas estratégias de controle que asseguram o alcance dos objetivos e ações mercantis modernizantes; e a gestão legítima é a que se dá sob os moldes empresariais, e não mais de forma amadora.
Este estudo contribui para a discussão sobre o cenário de mudança social que abrange não só as organizações esportivas, mas também a arte, o cinema e até os espaços públicos, numa tentativa de proporcionar reflexões futuras.
Explicação:
me marca como a melhor
Resposta:
O futebol mundial é hoje um grande negócio. De acordo com o relatório final do Plano de Modernização do
Futebol Brasileiro (2000) da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), que inclui os agentes diretos, como clubes e federações, e indiretos, como indústrias de equipamentos
esportivos e a mídia, o futebol mundial movimenta, em
média, cerca de 250 bilhões de dólares anuais. No Brasil,
dados desse mesmo relatório mostram que o futebol é
uma atividade econômica com grande capacidade de gerar empregos, e tem efeito multiplicador maior que vários
setores tradicionais, contabilizando:
• trezentos (300) mil empregos diretos;
• trinta (30) milhões de praticantes (formais e não formais);
• quinhentos e oitenta (580) mil participantes em treze
(13) mil times que participam de jogos organizados (esporte formal);
• quinhentos e oitenta (580) estádios com capacidade
para abrigar mais de cinco e meio (5,5) milhões de torcedores;
• cerca de quinhentos (500) clubes profissionais disputando uma média de noventa (90) partidas por ano; e
• em termos de fornecimento anual de materiais e equipamentos esportivos, são cerca de nove (9) milhões de
chuteiras para futebol e futsal, seis (6) milhões de bolas
e trinta e dois (32) milhões de camisas.
Mesmo assim, o Brasil está longe de aproveitar todo
seu potencial. Comparado ao valor mundial citado acima,
o futebol brasileiro representa menos de 1% dos duzentos e cinqüenta (250) bilhões de dólares movimentados
anualmente. Além dos problemas estruturais da nossa economia e das diferenças de renda per capita entre
o Brasil e os principais países que investem no futebol
como atividade econômica (por exemplo, Espanha, Ale-
Explicação: