História, perguntado por sorisangelamaria, 6 meses atrás

por que as mulheres terena nao cozinha no dia da ceramica​

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Respondido por acmo2009
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Resposta:

A cerâmica é trabalho predominantemente feminino e algumas regras devem ser seguidas pelas mulheres. Em dia que se faz cerâmica não se vai para a cozinha, pois acredita-se que o sal é inimigo do barro. Também não trabalham quando estão menstruadas.

Explicação:

Respondido por dds5957266
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É por meio da produção artesanal, no entanto, que as principais etnias expressam seus costumes e moldam a cultura sul-mato-grossense. Cultura associada ao cultivo de frutas, como a manga orgânica e a guavira, palmito amargo (guariroba), milho, maxixe, pimentas, pequi, macaúba, carandá e fibra de buriti, uma das matérias-primas usadas na confecção de utensílios e adornos.

Com uma das maiores populações indígenas, Mato Grosso do Sul tem larga produção de artesanato. Inclusive com peças e instrumentos tombados como patrimônios imateriais - Viola do Cocho, a cerâmica dos Terena, dos Kadiwéu e dos Kinikinawa. Esta etnia, como a Guaicuru, porém, não está entre as seis principais nações.

Artesanato kayowá-guarani.

Além de habilidade na agricultura, os Terena são bons artesãos. As aldeias mais próximas dos centros urbanos abastecem as feiras com arroz, feijão de corda, maxixe, mandioca e milho, alimentos que formam a base de sua dieta alimentar.

Em Campo Grande eles expõem e vendem seus produtos ao lado do Mercadão Municipal. Anualmente participam de concorrida exposição.

PADRÕES DA ARTE INDÍGENA

Vasos e potes produzidos pelos kadwéu.

Os terena se destacam na arte cerâmica, que tem como característica principal o avermelhado polido e o grafismo com padrões de sua cultura, com motivos naturalistas ou abstratos. A alternativa atual do artesanato terena, como meio de subsistência, se dá, principalmente, através do barro, da palha, da tecelagem - atividades que representam um nítido resgate de sua arte ancestral indígena.

A cerâmica é trabalho predominantemente feminino e algumas regras devem ser seguidas pelas mulheres. Em dia que se faz cerâmica não se vai para a cozinha, pois acredita-se que o sal é inimigo do barro. Também não trabalham quando estão menstruadas.

Aos homens cabem, por tradição na maioria das nações indígenas, somente o trabalho de extrair o barro e processar a queima, tarefas que exigem maior vigor físico. As peças são modeladas manualmente com a técnica de roletes (cobrinhas).

Chocoalho do artesanato guarani.

Os padrões dos grafismos usados pelos Terena são basicamente o estilo floral, pontilhados, tracejados, espiralados e ondulados. Eles produzem peças utilitárias e decorativas: vasos, bilhas, potes, jarros, animais da região pantaneira - cobras, sapos, jacarés -, além de cachimbos, instrumentos musicais e variados adornos.

O acabamento das peças é feito com ferramentas rudimentares: seixos rolados, espátulas e ossos. O barro é preparado misturando aditivos para regular a plasticidade: pó de cerâmica amassado e peneirado, conchas trituradas e cinzas de vegetais. Numa fase anterior são retirados da argila resíduos como restos de vegetais e pedras.

As queimas são feitas em fogueiras a céu aberto ou em rudimentares fornos, usando lenha como combustão. Os indígenas verificam o estado do ciclo da queima tilintando com um pedaço de taquara nas peças. Através do som obtido constatam o estágio da cozedura.

Cerâmica Kadiwéu

Concentrados na Serra da Bodoquena e em Miranda, onde começa o Pantanal, os kadiwéu vivem basicamente do manejo de gado, cultivo de subsistência e produção de artesanato. Usam o fogo para as duas atividades.

Artesanato guarani-caiuá.

As principais fontes de renda provêm do artesanato e do gado. Apesar de cerâmica ser a principal atividade de artesanato, os kadwéu desenvolvem também peças para decoração, produtos no traçado de palha, na tecelagem de cintas de algodão e na confecção de colares. Peças também largamente consumidas nas cidades.

Os kadiwéu convivem com uma rica fauna. Dentre as espécies comuns nas áreas habitadas pelos índios destacam-se a arara-azul, arara-vermelha e canindé, gavião real, urubu-rei, raposa, lobinho, lobo guará, jaguatirica, suçuarana, onça pintada, paca, capivara, cutia, anta, queixada e cateto.

A cerâmica kadiwéu se destaca em dois estilos diferentes. Há os padrões geométricos, abstratos, usados principalmente na pintura decorativa, e o estilo figurativo, no qual geralmente há a intenção de relatar algum acontecimento importante para a tribo.

Os mais apreciados são os vasos com a geometria característica. Usam em seus trabalhos argilas de diversas cores: preta, branca, vermelha e amarela. Com algumas delas fazem engobes para serem usados na decoração das peças, visando a obtenção de cores contrastantes e realces pictográficos. Na decoração das peças usam o urucum para obter a cor vermelha e o genipapo para produzir a tinta preta, mesmos produtos usados para pintar o corpo nos rituais.

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