. Por que as mulheres que ordenhavam as vacas, quando adquiriram varíola bovina não se contaminavam nem com a forma bovina nem com a forma humana da varíola?
. Por que se pode considerar que as pesquisas de Edward Jenner São importantes para a medicina atual?
Soluções para a tarefa
A Descoberta da Vacina
Na época de Edward Jenner, a varíola era uma doença bastante frequente que provocava a morte de milhões de pessoas. E não afetava só o povo, mas também as pessoas com mais possibilidades. Por exemplo, o Faraó Ramsés II morreu com varíola. E este era já um problema antigo e grave, sem fim à vista.
Então, Edward Jenner terá notado que as camponesas que tinham vacas, não desenvolviam varíola. Ele começou a estudar isto, e chegou à conclusão de que estas pessoas apanhavam a varíola das vacas, cujo vírus era mais fraco do que o dos humanos, tendo sofrido mutações para se adaptar a uma e outra espécie. Isto ocorre devido às classificações distintas que estes animais têm: a vaca é uma presa, um ruminante; enquanto o humano é um superpredador, carnívoro primata. Ou seja, não é de admirar que o vírus tivesse de se mutar, visto que estes animais ocupam lugares tão distintos na organização taxonómica.
Assim, as camponesas apanhavam a varíola da vaca, cujo vírus era mais fraco, mas continuava a pertencer à mesma espécie da varíola humana, embora a estirpe fosse diferente. Conseguiam combater esta mutação mais fraca, e os seus leucócitos desenvolviam imunidade, que depois usavam-na contra a varíola humana, não ficando assim as camponesas infetadas.
Edward Jenner, então, pegou num pouco de pus da varíola da vaca, e injetou-o, por várias vezes, numa criança. Quando colocou esta criança com infetados da varíola humana, o menino não ficou doente. A partir daqui, desenvolveu-se a primeira vacina e erradicou-se a varíola. Depois, desenvolveram-se processos semelhantes para combater outras doenças, e ainda hoje o método, embora em laboratório, é o mesmo: um agente patogénico mutado, morto, ou partes dele, demasiado fraco para infetar a pessoa, mas com o qual os leucócitos desenvolvem imunidade, que depois usam quando entram em contacto com a doença "real".
Espero ter ajudado. Qualquer dúvida, escreve nos comentários que eu respondo.
Bons estudos!