por que as doenças se tornaram comuns nos bairros operários
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As cidades mais antigas que não sofreram alterações com a industrialização são chamadas de pré-industriais e as que foram alteradas em sua lógica são chamadas de cidades industriais (aquelas surgidas ou que se transformaram a partir do final do século XVIII e início do século XIX).
No início, as cidades industriais eram extremamente desorganizadas (isto na Europa Ocidental, na passagem do século XVIII para o século XIX), não havia lugar para todo mundo, as ruas eram estreitas e sujas. Ainda havia uma mistura de bairros habitacionais com indústrias em meio a obras de ferrovias que iam sendo construídas. Os centros dessas cidades com seus prédios antigos, monumentos, residências ricas com jardins e pátios anexos aos poucos foram dando lugar às novas construções, barracões industriais, oficinas e a densidade populacional por metro quadrado tornou-se enorme.
Ao redor do centro formava-se uma nova área, considerada periferia ou subúrbios. Neste local, surgiam bairros luxuosos para abrigar a burguesia, que fugia do ar poluído, da sujeira, do mau cheiro e da multidão que vivia no centro, estes procuravam lugares mais abertos, com áreas verdes, ruas arborizadas. Surgiam bairros habitacionais para os operários recém-emigrados do campo e, também, eram construídas áreas industriais maiores.
Durante a primeira metade do século XIX, todas essas áreas se fundiam num tecido urbano mais compacto. Mas, essa fase foi um período provisório, cuja política pública absorveu o pensamento dos banqueiros, industriais, homens de ações e contadores. Sua base ideológica era de garantir a liberdade de empreendimento e suas propriedades, queriam o lucro sem se preocupar com as conseqüências, com isso pensavam as cidades sem intervenção do governo (em suma uma administração liberal da cidade).
A precariedade das cidades europeias era mais sentida pela população pobre. Suas casas eram pequenas, não pegavam sol, não tinham ventilação e iluminação, nem uma forma adequada de eliminar o lixo domiciliar que era jogado nas ruas que, também, servia para criar porcos. As casas se localizavam nas proximidades das indústrias, estradas de ferro e rios, fontes de fumaça, barulho e poluição.
Nas cidades industriais surgidas a partir de cidades antigas, os trabalhadores passavam a habitar casas de famílias antigas transformadas em cortiços. Cada quarto passou a abrigar uma família toda (prática realizada em Glasgow, na Escócia e Dublin, na Irlanda, até o início do século XX). Era comum, também, o congestionamento de camas onde dormiam de três a oito pessoas de idades diferentes. Pobres e privados de seus antigos referenciais culturais, os trabalhadores urbanos tendiam a formar uniões instáveis que acabaram por alterar a sociabilidade vigente, transformando a população dos cortiços em pessoas com padrões éticos diferentes dos de suas aldeias rurais de origem.
A sujeira era enorme tanto nos novos como nos velhos bairros operários. As novas casas eram construídas com materiais baratos sem alicerces. Na Inglaterra, em cidades como Birmingham e Bradford, as casas foram construídas de parede-meia, dois em cada quatro quartos não recebiam luz nem ventilação. Em cidades marítimas, de grande importância econômica por causa dos portos, os porões subterrâneos eram utilizados como moradias. O Relatório sobre o Estado das grandes Cidades e dos Distritos Populosos de 1845 informava que em Manchester (Inglaterra) cerca de 7000 pessoas utilizavam apenas 33 privadas.
Essa condição trazia doenças, epidemias e gerou revolta da classe trabalhadora e das pessoas consideradas pelas elites como desclassificadas (mendigos, escroques, vagabundos e multidões famintas). O início da segunda metade do século XIX é marcado por “jornadas revolucionárias” principalmente em Londres e Paris.
Como resultado disto, a partir de 1850, muitas cidades passaram a ser administradas por pessoas com outra visão de gestão pública, como: Camillo Benso, o Conde de Cavour (1810-1861), na Itália; Benjamin Disraeli (1804-1881), na Inglaterra; e Otto von Bismarck (1815-1898), na Alemanha. Nesta nova orientação, o poder público passou a realizar reformas em estradas, praças, ferrovias (rede de percursos), aquedutos, esgotos, gás, eletricidade (rede de instalações).
No início, as cidades industriais eram extremamente desorganizadas (isto na Europa Ocidental, na passagem do século XVIII para o século XIX), não havia lugar para todo mundo, as ruas eram estreitas e sujas. Ainda havia uma mistura de bairros habitacionais com indústrias em meio a obras de ferrovias que iam sendo construídas. Os centros dessas cidades com seus prédios antigos, monumentos, residências ricas com jardins e pátios anexos aos poucos foram dando lugar às novas construções, barracões industriais, oficinas e a densidade populacional por metro quadrado tornou-se enorme.
Ao redor do centro formava-se uma nova área, considerada periferia ou subúrbios. Neste local, surgiam bairros luxuosos para abrigar a burguesia, que fugia do ar poluído, da sujeira, do mau cheiro e da multidão que vivia no centro, estes procuravam lugares mais abertos, com áreas verdes, ruas arborizadas. Surgiam bairros habitacionais para os operários recém-emigrados do campo e, também, eram construídas áreas industriais maiores.
Durante a primeira metade do século XIX, todas essas áreas se fundiam num tecido urbano mais compacto. Mas, essa fase foi um período provisório, cuja política pública absorveu o pensamento dos banqueiros, industriais, homens de ações e contadores. Sua base ideológica era de garantir a liberdade de empreendimento e suas propriedades, queriam o lucro sem se preocupar com as conseqüências, com isso pensavam as cidades sem intervenção do governo (em suma uma administração liberal da cidade).
A precariedade das cidades europeias era mais sentida pela população pobre. Suas casas eram pequenas, não pegavam sol, não tinham ventilação e iluminação, nem uma forma adequada de eliminar o lixo domiciliar que era jogado nas ruas que, também, servia para criar porcos. As casas se localizavam nas proximidades das indústrias, estradas de ferro e rios, fontes de fumaça, barulho e poluição.
Nas cidades industriais surgidas a partir de cidades antigas, os trabalhadores passavam a habitar casas de famílias antigas transformadas em cortiços. Cada quarto passou a abrigar uma família toda (prática realizada em Glasgow, na Escócia e Dublin, na Irlanda, até o início do século XX). Era comum, também, o congestionamento de camas onde dormiam de três a oito pessoas de idades diferentes. Pobres e privados de seus antigos referenciais culturais, os trabalhadores urbanos tendiam a formar uniões instáveis que acabaram por alterar a sociabilidade vigente, transformando a população dos cortiços em pessoas com padrões éticos diferentes dos de suas aldeias rurais de origem.
A sujeira era enorme tanto nos novos como nos velhos bairros operários. As novas casas eram construídas com materiais baratos sem alicerces. Na Inglaterra, em cidades como Birmingham e Bradford, as casas foram construídas de parede-meia, dois em cada quatro quartos não recebiam luz nem ventilação. Em cidades marítimas, de grande importância econômica por causa dos portos, os porões subterrâneos eram utilizados como moradias. O Relatório sobre o Estado das grandes Cidades e dos Distritos Populosos de 1845 informava que em Manchester (Inglaterra) cerca de 7000 pessoas utilizavam apenas 33 privadas.
Essa condição trazia doenças, epidemias e gerou revolta da classe trabalhadora e das pessoas consideradas pelas elites como desclassificadas (mendigos, escroques, vagabundos e multidões famintas). O início da segunda metade do século XIX é marcado por “jornadas revolucionárias” principalmente em Londres e Paris.
Como resultado disto, a partir de 1850, muitas cidades passaram a ser administradas por pessoas com outra visão de gestão pública, como: Camillo Benso, o Conde de Cavour (1810-1861), na Itália; Benjamin Disraeli (1804-1881), na Inglaterra; e Otto von Bismarck (1815-1898), na Alemanha. Nesta nova orientação, o poder público passou a realizar reformas em estradas, praças, ferrovias (rede de percursos), aquedutos, esgotos, gás, eletricidade (rede de instalações).
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