Por que a varíola é tão importante para a história da ciência?
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- O que é a varíola?
A varíola (do latim varius = mancha ou varus = pústula) é uma doença, causada por um vírus, altamente contagiosa, que provoca morte de até 30% dos indivíduos infectados e é caracterizada pela formação de pústulas na pele, espalhadas por todo o corpo. Não existe cura para a varíola e, a única forma de prevenção é a vacinação.
No entanto, não há relatos de casos de varíola desde 1977, em razão da vacinação mundial e, em 1980, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a descontinuação da vacinação rotineira contra varíola e declarou erradicada a infecção natural.
- Por que a varíola é tão importante para a história da ciência?
Porque, foi na busca de uma forma de enfrentar as epidemias recorrentes de varíola, as quais ceifavam a vida de parte considerável da população, que se chegou ao conceito atual de vacinação.
Antes disso, uma tentativa de conter a doença era a variolização, que consistia em inocular, em pessoas sãs, material derivado das crostas da varíola, produzindo uma doença com sintomas mais brandos. Esse método se baseava na observação de que os sobreviventes da doença não adoeciam novamente.
No entanto, sempre havia a possibilidade de a pessoa infectada dessa forma espalhar o vírus para as outras pessoas e de desenvolver a forma mais intensa da doença.
Então, em 1775, o médico inglês Edward Jenner observou que as pessoas que haviam contraído a varíola de vaca, ficavam imunes à varíola humana. Ele então difundiu o método de inocular pessoas com material retirado das lesões das vacas, o que levou à criação do termo vacina, usado hoje em dia no sentido de imunização contra doenças.
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