Por qual motivo o maxixe não foi aceito durante muito tempo?
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Resposta:
O maxixe surgiu entre o “fin de siècle” e o debut do século passado, durante o inicio do processo de industrialização e urbanização das principais cidades brasileiras e da belle époque, se apresentando inicialmente como dança e só depois originando a música para seu o acompanhamento. Tanto a dança quanto a música surgem em um Rio de Janeiro que recém havia se tornado capital do Império Português e foi neste ambiente, urbanizado e adaptado para receber a família real portuguesa no início do oitocentos, que o maxixe se desenvolveu, mais precisamente no bairro da Cidade Nova, também conhecido como “Pequena África”.
A “Pequena África”, nome concebido por Heitor dos Prazeres, era uma região que concentrava grande número de negros e se localizava entre o cais do porto e a Cidade Nova, tendo por capital a Praça Onze, região central do Rio de Janeiro. Devido à expansão da cultura cafeeira, “A província do Rio de Janeiro, de 119.141 escravos em 1844, no início da década de 1870 passa a contar com mais de trezentos mil, dos quais grande parte havia chegado da África através dos portos do Nordeste, muitos vindos de Salvador [...] somente entre os anos de 1872 e 1876 chegam ao Rio de Janeiro 25.711 escravos vindos do Norte e Nordeste." (MOURA, 1995, p.27). Na Bahia, antiga capital do Império, os negros alforriados e libertos depois da abolição se dividiam em diversas atividades (operários, pedreiros, carpinteiros, ferreiros, sapateiros, cocheiros, barbeiros, músicos, etc.) e a partir desse período muitos deles passaram a migrar para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. Desta forma, continuaram chegando negros baianos livres ao Rio de Janeiro, vindos nos porões dos navios que faziam escala em Salvador e em busca de uma sociedade mais aberta.
A Cidade Nova também seria a fronteira entre o Rio de Janeiro “civilizado” e o “subalterno”, onde viviam muitos músicos, em geral músicos de choro (chorões), e esses músicos interpretavam vários gêneros musicais. Na verdade, a Cidade Nova, tal como toda a capital do Império, e até mesmo outras regiões do país, era marcada pelo multiculturalismo e por uma grande variedade de gêneros. Dentre os muitos gêneros deste período temos: os de matriz africana: como o jongo, o batuque e o lundu; de matriz indígena: cateretê; os europeus: a mazurca, a quadrilha, a valsa, a schottisch e, especialmente, a polca; a música cubana: a habanera; e os brasileiros: choro, tango brasileiro e, posteriormente, o samba. Desta forma, “[...] sabemos que a cultura musical do período caracterizava-se principalmente pela diversidade, em que elementos da cultura européia, negra africana e ameríndia formavam uma imbricada e complexa trama de relações." (MACHADO, 2007, p.114). Os músicos passaram então a sincretizar os gêneros musicais em voga, fazendo surgir uma grande variedade de gêneros híbridos, tais como a polca-tango, o tango-lundu, a polca-lundu, habanera-tango-lundu e, em especial, o maxixe.
Explicação:
Coloquei ai em cima.
eu fiz essa atividade,coloquei isso e a pro deu como certo.
Espero ter ajudado!
Qualquer coisa manda no comentário que eu respondo.