POR FAVOR ME AJUDEM
Proposta: Leia e comente o manifesto “ O peso do preconceito”, em seguida resuma as principais
ideias do texto. No máximo 20 linhas.
Manifesto contra a intolerância e o preconceito
24 de abril de 2017Acessibilidade, Diversidade, Inclusão Qualitativa, Inclusão Social, Laboratório de
Inclusão, Paralisia cerebral, Pessoa com Deficiência, Preconceito
por Danielle Cardoso estagiária de letras do Laboratório de Inclusão
Muito se fala sobre acessibilidade e inclusão. O que não é errado, pois lutamos, diariamente, por
essas duas bandeiras. No entanto, parece-me que essas causas são tratadas como pontuais e de
fácil solução. O que quero dizer é que acessibilidade vai muito além de construir rampa e inclusão
não se resolve apenas com a criação de cotas. É preciso discutir também sobre a estupidez
humana.
Eu sei que esta não tem fim, afinal, até Albert Einstein afirmou que “Duas coisas são infinitas: o
universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta”.
Essa frase é famosa e achei interessante usá-la aqui. Vocês podem estar se perguntando: “Dani,
você está chamando as pessoas de estúpidas?”. Não, não estou. É só que algumas das nossas
atitudes devem ser repensadas para que possamos ter uma sociedade mais tolerante, inclusiva e
menos, bem menos preconceituosa.
Esses dias, chegou ao meu conhecimento um fato que ocorreu em uma turma de um curso
universitário. Na produção de um projeto em grupo, uma garota com deficiência comete um
pequeno erro, que nada tem a ver com suas limitações e que qualquer pessoa poderia ter
cometido. Sua colega de grupo resolveu fazer um comentário, bem leviano, em minha opinião, mas
eu imagino que ela o fez com um tom tão intolerante que levou a outra ao choro.
Sim, a intolerância dói e deixa marcas, creio que até mais que um tapa na cara. A garota tem
paralisia cerebral, o que facilitou pra que ela ficasse tremendo com a situação. Eis que a “colega”,
sabendo do seu histórico médico, soltou tal pérola: “Volta a tomar remédio controlado pra parar de
tremer”. Há quem possa alegar que o primeiro comentário não teve maldade e que a garota deveria
ter relevado em vez de chorar. Bem, eu, que também tenho paralisia cerebral, já relevei muita
coisa, fiz piada com o preconceito, mas sei que é difícil.
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As sensibilidades são diferentes e cada pessoa sabe o quanto uma única palavra pode machucar.
Ninguém me tira da cabeça que, se o erro tivesse vindo de uma pessoa sem deficiência, talvez não
houvesse comentário nenhum. Uma pessoa com deficiência, que chega a uma faculdade ou universidade, tem que ser um gênio pra compensar sua deficiência. É assim que muita gente
pensa. Como sei disso? Por atitudes como essa e outras que acontecem todos os dias e que não
são narradas em um texto ou divulgadas.
Pergunto-me: que tipo de profissionais estão sendo formados? Profissionais sérios, éticos e,
principalmente, humanos ou, simplesmente, profissionais que vão, cada vez mais, alimentar a
estupidez humana? Responda para si mesmo e reflita. Acredito que esta seja uma das melhores
maneiras de conscientizar as pessoas: fazendo-as pensar.
Resolvi escrever este manifesto, pois me revolto ao saber ou vivenciar situações preconceituosas.
Espero, aos pouquinhos, criar a consciência de que não podemos tolerar nenhum tipo de
preconceito. Importe-se, não finja que não viu só porque não foi com você. Sigo na luta por
acessibilidade e inclusão, mas, principalmente, por um mundo sem preconceito. Utopia? Talvez,
mas ainda acredito no melhor das pessoas e torço para que você adote essa causa e faça a
diferença nesta sociedade.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Texto perfeito!
Precisamos nos conscientizar de que cada um de nós é um ser com limitações, Que o que importa não é como somos, mas o que somos, o que temos dentro de nós.
Criarmos nossos filhos conscientizando-os de que somos todos iguais, que preconceito e intolerância jamais podem ser aceitos, sejam de que tipo forem.
Ensinando a que exijam respeito para consigo e para com os outros.
Apenas educando conseguiremos um mundo onde, num futuro não muito distante, os preconceituosos serão obrigados a reverem seus conceitos.
Eu luto por essa causa no cotidiano e tenho uma filha que, pré-adolescente, já me dá a felicidade de também agir contra esse grande mal.
E também não acho que seja utopia, mas um desafio que se nos unirmos conseguiremos vencer.