POR FAVOR ME AJUDEM!
Baseando-se na sinopse do livro A Cinza das
Horas (1917), do escritor brasileiro Manuel
Bandeira (1886-1968), redija uma análise de 10 a
15 linhas do poema Cartas de Meu Avô, publicado
na obra mencionada. Em seu texto, considere a
temática explorada pelo autor e os recursos
expressivos (figuras de pensamento e de
palavras) que contribuem para a sua construção
Soluções para a tarefa
Resposta:
olha eu acho que pressisa do livro
A análise solicitada refere-se ao poema Cartas de meu avô, que faz parte do livro A cinza das horas (1917), do autor Manuel Bandeira.
O poema cartas de meu avô possui um eu lírico solitário, que através das leituras das cartas que o avô enviava para avó quando se apaixonaram. A chuva para simbolizar o momento, remetendo a quietude, momento em que essas cartas do passado estão apresentando sentimentos de uma pessoa querida.
As cartas de meu avô apresentam a história de um amor com início, meio e fim. Um amor que incialmente era cheio de medos, depois esse amor foi tomando conta e deu lugar ao ciúme. É possível perceber a ligação que as poemas costumam fazer com relação ao ciúmes, como se ele fosse parte indispensável desse amor.
Este poema é considerado uma transição entre a época parnasiana, descrição minuciosa, e o simbolismo, movido pelos ideais românticos.
Ao final do poema a dor de ver alguém amado partir. Este é um poema complexo e que nos faz perceber que as vezes não prestamos atenção nas situações que os nossos antepassados viveram e possibilitaram a nossa vida.
O livro A cinza da horas apresenta diversos poemas como:
- Epígrafe;
- Desencanto;
- Camões;
- Paisagens noturnas;
- Ruço;
- Versos escritos n'água;
- Inscrição;
- Confissão;
- Crepúsculo de Outono;
- A canção de Maria;
- etç.
ANALISANDO O POEMA CARTAS DE MEU AVÔ
A tarde cai, por demais
Erma, úmida e silente…
A chuva, em gotas glaciais,
Chora monotonamente.
E enquanto anoitece, vou
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.
Enternecido sorrio
Do fervor desses carinhos:
É que os conheci velhinhos;
Quando o fogo era já frio.
Cartas de antes do noivado…
Cartas de amor que começa,
Inquieto, maravilhado,
E sem saber o que peça.
Temendo a cada momento
Ofendê-la, desgostá-la,
Quer ler em seu pensamento
E balbucia, não fala…
A mão pálida tremia
Contando o seu grande bem.
Mas, como o dele, batia
Dela o coração também.
A paixão, medrosa dantes,
Cresceu, dominou-o todo.
E as confissões hesitantes
Mudaram logo de modo.
Depois o espinho do ciúme…
A dor… a visão da morte…
Mas, calmado o vento, o lume
Brilhou, mais puro e mais forte.
E eu bendigo, envergonhado,
esse amor, avô do meu…
Do meu – fruto sem cuidado
Que inda verde apodreceu.
O meu semblante está enxuto.
Mas a alma, em gotas mansas,
Chora, abismada no luto
Das minhas desesperanças…
E a noite vem, por demais
Erma, úmida e silente…
A chuva em pingos glaciais,
Cai melancolicamente.
E enquanto anoitece, vou
lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.
Para realizar a análise de um poema, no caso As cartas de meu avô, de Manuel Bandeira, torna-se necessário realizar alguns passos como:
- Ler o poema pausadamente;
- fazer a releitura analisando cada estrofe;
- identificar a ideia central de cada estrofe;
- ao desenvolver o texto inicie expondo a ideia central;
- após procure exaltar no texto os tópicos principais de cada estrofe
- por fim, apresente a sua opinião a respeito do poema.
Saiba mais sobre o autor de As cartas de meu avô, de Manoel bandeira: https://brainly.com.br/tarefa/20600716