por favor alguém pode me dar um resumo de José Teles rei das emboladas nome do livro Cuma é o nome dele. me ajude por favor é para prova
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O título do livro, o mesmo de uma das emboladas mais famosas do cantor, é também uma provocação: Cuma é o nome dele? – Manezinho Araújo, o rei da embolada (Bagaço, 96 páginas). Na biografia musical do embolador e pintor pernambucano, o jornalista do Caderno C José Teles mostra como o artista é um desses ilustres nomes esquecidos na própria terra – nessas injustiças da seletiva e falha memória cultural brasileira. O livro chega às livrarias agora no fim do ano, mas não vai ter noite de autógrafos.
A ideia de contar a vida do cantor surgiu em meio ao centenário dele, em 2010 – que quase passaria em branco na música não fosse o CD Ladrão de purezas, de Geraldo Maia –, quando o jornalista começou a investigar mais a obra de Manezinho. Ao mesmo tempo, o editor da Bagaço, Arnaldo Afonso, propôs que Teles redigisse um livro, em um projeto motivado pela luta contra o esquecimento completo do embolador pernambucano. A tentativa, então, era mostrar como foi a vida e a trajetória dele, uma das figuras mais populares do Brasil na época de ouro dos programas de rádio, entre 1930 e 1954.
Teles conta que, ao começar a fazer Cuma o nome dele?, notou a ausência de obras sobre o pernambucano: a exceção era Um certo Manezinho Araújo, do escritor Bernardo Alves, obra curta com uma entrevista do embolador. A opção do biógrafo foi a de não seguir as minúcias da vida pessoal do artista, mas, sim, mostrar sua trajetória profissional. “Ia precisar de muito tempo para reconstituir a vida dele, já que Manezinho é centenário. Ele não tem mais contemporâneos por aqui e mesmo os que estiveram com ele, nas suas eventuais vindas ao Recife, não o conheceram tão bem”, relata.
Manezinho nasceu no Cabo de Santo Agostinho, em 1910. Apesar da educação rígida do pai, era, desde jovem, frequentador das rodas de música. Seu reconhecimento como embolador se deu em um encontro casual, em meio ao serviço militar, com Carmen Miranda e o empresário Josué de Barros – história recuperada por Teles na obra. Mostrou seu talento e ficou com um convite: se mudar para o Rio de Janeiro para ser lançado por lá. A proposta foi aceite e esse foi o ponto inicial da carreira de Manezinho. “Ele tornou a embolada popular entre a classe média dos anos 1940. Muito carismático, Manezinho marcou época no rádio brasileiro”, explica Teles. “Ele era de tudo um pouco, ator, comediante, cantor”, continua o autor.