política da África na antiguidade
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Explicação:
A África na Idade Média sofreu forte penetração islâmica, fato que redefiniu boa parte das relações entre os reinos que lá se desenvolveram.
De forma geral, o estudo do período Medieval concentra-se em três eixos principais: a formação da cristandade na Europa Ocidental, o desenvolvimento do Império Bizantino na Europa Oriental e o nascimento e expansão da civilização islâmica, desde a Península Ibérica até a Pérsia, abrangendo também o norte da África e o sul da Europa. Normalmente, quando se chega ao tema da expansão islâmica, tangencia-se a questão das civilizações que se desenvolveram na África nesse período, porém de forma muito sucinta e pouco expressiva. A África na Idade Média constitui um tema que deve ser estudado de forma pontual e sistemática, haja vista que interessa a todos que queiram compreender a fundo a formação do mundo moderno.
Desde a Idade Antiga, no continente africano, algumas civilizações destacaram-se enormemente. Foi o caso dos cartagineses (de origem fenícia), que se estabeleceram no noroeste da África; da civilização egípcia, que floresceu no nordeste africano a partir do delta do rio Nilo; da civilização da Núbia, situada abaixo do Egito; do reino de Axum, que se desenvolveu na região da atual Etiópia, entre outros. Todas essas civilizações, algumas em maior e outras em menor grau, mantiveram contato com as civilizações da Europa Ocidental, como a romana, e outras que se desenvolveram na Península Arábica, nas planícies iranianas e no Extremo Oriente.
Toda essa região do norte da África passou a sofrer, no período da Idade Média, uma intensa penetração da civilização árabe islamizada. A partir do século VII, o islamismo passou a expandir-se por toda a Península Arábica e em direção ao norte africano e ao sul europeu. Nesse período, houve a um só tempo um choque e um enriquecimento cultural com as culturas locais africanas, bem como com as civilizações desse continente que já haviam sido cristianizadas.