Poema
O menino e seu amigo
O menino não perguntava
O que o homem ao seu lado
Fazia a beira do rio,em julho ,na manhã fria.
Foram muitas as manhãs mas julhos , meses,nem tantos.
Foi ,na certa , pouco o tempo que o menino passou ao lado daquele homem a margem do rio manso .
Depois, em toda sua vida, não houve um tempo tão grande
( Pois que tempo de menino
_como rio de menino _
É maior do que o rio,
É maior do que o tempo
Enquanto o tempo passava
Devagar para o menino,
Menino não precisava
De entender o mistério
Que era o homem estar ali,ao seu lado , tão tranquilo,
Como se aquela manhã
Fosse o único lugar
de inventar o dia inteiro
gastando o tempo do homem
num jeito de ser menino
um exato companheiro.
A mão do homem
Era tão grande
Que engolia
A mão do menino
Quando ele a segurava
para , juntos ,irem ao rio
ver tempo e rio passar.
E ,com ela,o homem cavava o chão da
Beira do rio pra arrancar da terra úmida
As iscas vivas,
Minhoquinhas revoltantes,que iam se retorcer
Na palma da mão do menino ( cosquenta pra vida toda.)
Toma cuidado , menino ,com a ponta fina do anzol!
E a meia seta traiçoeira
Logo fere o dedo
Do menino,
e a gotinha vermelha
Pinga na água do rio e na água se desfaz.
Não chore, que aí , dói mais.
O menino não lembra
de dor alguma, não lembra.
Só lembra de um mágico
que uma tarde viu,no circo
Tirar com dedos bem leves
de um lenço branco uma pomba
Que antes não existia.
E os mesmos dedos ágeis
Estavam nas mãos do homem
que ,do dedo do menino,
Tirou com um gesto igual
O duplo finco do anzol
sem dor alguma ,lembravel.
Agora é o tempo da pesca.
Silêncio.
A linha branca desce vertical e mergulhada no espelho do rio,
O silêncio
Liga a ponta da vara a espera
O susto!!!
Um cometa percorre
O corpo inteiro do menino
e se alça ao céu
como uma estrela de prata
( Uma luz que rebrilha na lua
Da manhã )
e se espadana no espaço como se o cometa
Quisesse engolir a própria cauda.
O susto ,o coração disparado.
O tempo.
O homem segura
o menino trêmulo
E tira do anzol
O pequeno lambari.
Apenas um pequeno lambari,
Sua primeira conquista.
O menino também
Não perguntava por que
No finzim da madrugada
Antes de vir o dia
aquele homem calado
Tocava de leve seu ombro
E dizia: Acorda ,rapaz, vem ver o dia nascer.
Lá iam eles : a dupla como se fossem de iguais.
E era assim que o menino
A seu lado se sentia
Pois a única diferença
Para ele ,percebida ,
É que o sol , que nascia ,
Chegava primeiro ao olhos do homem,postos lá em cima .
Sobe aqui nos meus ombros,
Para o sol chegar primeiro pra você
Do que pra mim .
E o menino se esqueceu
_ de lembrar -se até queria _
De perguntar para o homem
Por que ele, de repente ,lhe dava o sol , todo dia
Alguém pode me ajudar nessas questões
8.copie do texto trechos em que há
a . repetição de palavras
b.pares de palavras que rimam
9 .que efeito de sentido as palavras que se repetem e rimam entre si causam no poema
13. Releia este trecho
Um cometa percorre
O corpo inteiro do menino
Que sentido esses versos constroem
Soluções para a tarefa
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Resposta:
8) LETRA A : O MENINO E SEU AMIGO
O MENINO NÃO PERGUNTAVA
LETRA B: DEVAGAR PARA O MENINO NÃO PRECISAVA
9) PALAVRAS I QUAIS
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