Português, perguntado por ilourenco876, 6 meses atrás

poema.

É noite. A noite é muito escura. Numa casa a uma grande distância
Brilha a luz duma janela.
Vejo-a, e sinto-me humano dos pés à cabeça.
É curioso que toda a vida do indivíduo que ali mora, e que não sei quem é,
Atrai-me só por essa luz vista de longe.
Sem dúvida que a vida dele é real e ele tem cara, gestos, família e profissão.
Mas agora só me importa a luz da janela dele.
Apesar de a luz estar ali por ele a ter acendido,
A luz é a realidade imediata para mim.
Eu nunca passo para além da realidade imediata.
Para além da realidade imediata não há nada.
Se eu, de onde estou, só vejo aquela luz,
Em relação à distância onde estou há só aquela luz.
O homem e a família dele são reais do lado de lá da janela.
Eu estou do lado de cá, a uma grande distância.
A luz apagou-se.
Que me importa que o homem continue a existir?

CAEIRO, Alberto. Heterônimo de Fernando Pessoa.
Disponível em: . Acesso em: 23 out. 2020.

De acordo com o eu-lírico, a luz da janela constrói uma imagem de

A
negatividade.

B
efemeridade.

C
incertezas.

D
confusão.

E
nostalgia.

Soluções para a tarefa

Respondido por llyakkj
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Resposta:

E_nostálgica

(confia na vó vai tira um 10 boa sorte)

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