POEMA 1
I Juca-Pirama (fragmento)
IV
Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi.
(...)
Aos golpes do imigo, Meu último amigo, Sem lar, sem abrigo Caiu junto a mi! Com plácido rosto, Sereno e composto, O acerbo desgosto Comigo sofri.
Meu pai a meu lado
Já cego e quebrado,
De penas ralado, Firmava-se em mi:
Nós ambos, mesquinhos, Por ínvios caminhos, Cobertos d’espinhos Chegamos aqui!
O velho no entanto Sofrendo já tanto
De fome e quebranto,
Só qu’ria morrer!
Não mais me contenho, Nas matas me embrenho,
Das frechas que tenho Me quero valer.
Então, forasteiro,
Caí prisioneiro
De um troço guerreiro Com que me encontrei: O cru dessossego
Do pai fraco e cego, Enquanto não chego Qual seja, - dizei!
Eu era o seu guia
Na noite sombria,
A só alegria
Que Deus lhe deixou: Em mim se apoiava, Em mim se firmava, Em mim descansava, Que filho lhe sou.
Ao velho coitado De penas ralado,
Já cego e quebrado, Que resta? - Morrer. Enquanto descreve O giro tão breve
Da vida que teve, Deixai-me viver!
Não vil, não ignavo, Mas forte, mas bravo, Serei vosso escravo: Aqui virei ter. Guerreiros, não coro Do pranto que choro: Se a vida deploro, Também sei morrer.
(Gonçalves Dias)
1. Como o índio capturado se apresenta?
2. Ele tem consciência de que será morto, mas pede clemência aos seus inimigos. Porquê?
3. O que a atitude do índio tupi revela sobre a forma como se relaciona com sua tribo
de origem e com sua família?
4.Considerando o que vimos nesta aula, a que geração o poema “I-Juca-Pirama” pertence? Justifique.
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:
1- filho das selvas
2- pelo pai junto dele (acho q é)
3- ele era bravo, forte, e queria protejelos
4- ele foi um marco na 1ª Geração do Romantismo brasileiro. Essa geração também era conhecida como nacionalista, ou indianista, que era caracterizada por destacar temas nacionais, como os índios, a natureza e a cultura.
VnF009princess:
Claro
P’ra ti, formosa, o meu sonhar de louco E o dom fatal, que desde o berço é meu; Mas se os cantos da lira achares pouco, Pede-me a vida, porque tudo é teu.
Se queres culto – como um crente adoro, Se preito queres – eu te caio aos pés,
Se rires – rio, se chorares – choro,
E bebo o pranto que banhar-te a tez.
Dá-me em teus lábios um sorrir fagueiro, E desses olhos um volver, um só;
E verás que meu estro, hoje rasteiro, Cantando amores s’erguerá do pó!
Do morto peito vem turbar a calma, Virgem, terás o que ninguém te dá;
Em delírios d’amor dou-te a minha alma, Na terra, a vida, a eternidade – lá!
(Casimiro de Abreu)
1a – 2a –
3a –
4a –
2.Ao longo do poema, o eu lírico refere-se a sua musa de três formas distintas. Que palavras ele utilizou?
3. Esse poema pertence a qual geração do Romantismo? Explique.
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto Saudades do seu torrão ...
De um lado, uma negra escrava Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde, Talvez pra não o escutar!
Mas à outra eu quero bem!
"O sol faz lá tudo em fogo, Faz em brasa toda a areia; Ninguém sabe como é belo Ver de tarde a papa-ceia!
"Aquelas terras tão grandes, Tão compridas como o mar, Com suas poucas palmeiras Dão vontade de pensar...
A gente lá não se vende Como aqui, só por dinheiro".
O escravo calou a fala, Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto, Pra não acordar com o pranto O seu filhinho a sonhar!
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado, Pois bastava escravo ser.
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