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. A crise do Covid-19 destampou a panela da pressão social que iria explodir em algum momento, sobretudo em países com tanta desigualdade quanto o Brasil, mas não apenas aqui. Tão premente quanto o desafio da saúde, são os desafios social e econômico, sob risco alto e crescente de convulsão e desordem pública.
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Resposta:
Explicação:
“Uma parcela enorme, crescente e majoritária dos trabalhadores já não é abrangida pela proteção social clássica – mesmo antes de se saber o que é Covid-19. Sem emprego, sem previdência, sem estado”. É preciso, inicialmente, proteger e, depois, reinserir na sociedade e na economia, os milhões que já estavam vivendo à sua margem, e que agora foram expostos ao mundo em suas dificuldades para necessidades básicas.
O Brasil, ressalta José Roberto Afonso, dentre as grandes economias, é das que menos responde pelo gasto nacional com tal função, apesar de ter um dos maiores sistemas públicos de saúde (SUS) do mundo. De acordo com dados da OCDE, 57% do gasto com saúde no Brasil é privado, em nossa vizinha Colômbia, por exemplo, este percentual é de apenas 26%.
Como só o poder público poderá dar renda e trabalho aos que já estavam isolados, social e economicamente, Afonso acredita que esta é uma oportunidade única para se criar, em poucas semanas, o seguro-destrabalho, uma expansão inevitável e inovadora do seguro-desemprego, ao qual só acessa quem perde um emprego com carteira.
A pandemia botou em causa a ideia de concentrar a produção mundial em poucos centros. Muito do que hoje vem do outro lado do planeta poderá e deverá migrar para ser feito dentro do país ou do continente. Resolver de vez e rapidamente a absurda falta de saneamento são oportunidades para obras que impulsionam a economio