Pode se dizer que a teoria das relações humanas, desenvolvida por Elton Mayo, na década de 40, foi uma das grandes impulsionadaras das preocupações com a qualidade de vida no trabalho. Isso porque a teoria das relações humanas surgiu como forma de combater a robotização do trabalho. As contribuições do estudo de Mayo são vistas nas empresas de hoje? Justifique, explicando as principais contribuições no que diz respeito à qualidade de vida.
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Correlação entre interação grupal e produtividadeA hipótese é que a produtividade está diretamente relacionada à sa-tisfação do indivíduo no trabalho, que depende da qualidade das relações sociais dos grupos que se estabelecem informalmente. Mayo defendia que 111Aula 7 - Qualidade de vida no trabalhoo nível de produção depende das normas sociais e expectativas estabeleci-das pelos grupos informais e não pela capacidade física do indivíduo, como afirmava a Teoria Clássica.Fatores como o reconhecimento do grupo, a segurança e o sentimento de “fazer parte” de algo diferenciado são mais relevantes do que as condi-ções físicas do trabalho para o aumento da motivação e da produtividade do indivíduo.Trabalho e comportamento como resultado de uma atividade grupalGeralmente os trabalhadores não se comportam isoladamente, mas sim como membros de grupos. Na experiência de Hawthorne, as cotas de pro-dução eram estabelecidas e impostas pelo grupo; quem não as seguisse sofria pressões ou punições morais ou sociais por parte do grupo.Por outro lado, ao seguir as determinações do grupo os indivíduos bene-ficiam-se de recompensas sociais e morais que influenciam sua motivação e bem estar. O comportamento humano é influenciado pelos grupos sociais dentro e fora do ambiente de trabalho.Empresa como organização social composta por grupos informaisConstatação de que as empresas não podem ser visualizadas mecanica-mente, considerando-se apenas os aspectos formais (padronização, estudo de tempos e movimentos, divisão racional do trabalho, especialização, au-toridade, hierarquia entre outros) como preconizado pela Escola Clássica.As empresas devem ser visualizadas como organizações sociais compos-tas de diversos grupos informais que, baseados em suas crenças e expecta-tivas, definem suas regras de comportamento, seus objetivos, suas formas de sanções ou recompensas sociais.Considerando esses aspectos e visando a colaboração dos grupos infor-mais, as empresas devem estabelecer e incentivar o desenvolvimento de sistemas internos em que suas relações com os empregados possam atingir uma coesão.Para tanto, é necessário que o administrador conheça e compreenda a natureza das relações humanas, visando criar ambientes onde os indivíduos sejam encorajados a se manifestar. Trabalho como fonte de satisfaçãoPor meio de suas experiências, Mayo constatou que a alta especialização resultante da máxima divisão de trabalho não gera necessariamente uma organização mais eficiente, como defendia a Escola Clássica. Verificou tam-bém que os funcionários frequentemente trocavam de posto de trabalho com seus colegas, visando diminuir a monotonia e aumentar a satisfação. Para ele, tais trocas acabavam elevando o moral do grupo.Com base nessas constatações concluiu-se que a natureza e o conteúdo Unidade Curricular: Capital Humano nas Organizações112do trabalho exercem grande influência sobre a satisfação dos funcionários. Neste sentido, em vez de dividido, o trabalho deve ser enriquecido, e sua complexidade aumentada. Relações humanas como fonte de cooperaçãoSegundo Mayo, as empresas devem desenvolver uma nova concepção das relações humanas no trabalho como forma de solucionar os problemas de cooperação existentes.A sociedade industrializada tende a preocupar-se apenas com os aspec-tos materiais e tecnológicos do progresso humano, havendo um desgas-te do sentimento espontâneo e da capacidade de cooperação. Por outro lado, os métodos de trabalho estabelecidos visam apenas a eficiência dos processos, mas nenhum tende ou valoriza a cooperação humana ou os objetivos humanos.A organização industrial e a função socialA falta de foco nas relações humanas e nos seus objetivos, gera ten-sões e conflitos sociais em virtude da incompatibilidade entre objetivos organizacionais e pessoais. O conflito é extremamente destrutivo e ape-nas a cooperação pode contribuir para o bem-estar social. Os gestores de-vem desenvolver uma nova concepção das relações humanas no trabalho, buscando uma administração mais humanizada e cumprindo com a função social ,de possibilitar a satisfação dos funcionários por meio do trabalho cooperativo e em grupo
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