Filosofia, perguntado por jakeyover, 8 meses atrás

Platão não é o iniciador, e sim o herdeiro da "velha divergência" entre filósofos e poetas. A motivação ético- teológica, que já animava Xenófanes,vai se reatualizar na República. Neles, e com vistas a uma melhor determinação do justo —que é o que está em pauta—, Platão mostra a necessidade de se discutir as afirmações dos poetas. Trata- se assim de destituí-los da autoridade de que ainda gozam na educação e na opinião comum. Só graças à discussão filosófica e a uma educação por ela inspirada —o que pressupõe a produção ou a seleção de mitos— é que se pode esperar uma maior realização da justiça, tanto no plano do indivíduo (do governo de sua alma) quanto no nível da cidade. A partir da Alegoria da caverna explique a recusa aos poetas por Platão.

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Respondido por edilenefinotto37
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Resposta:

Então o, Platão não é o iniciador, e sim o herdeiro da "velha divergência" entre filósofos e poetas. A motivação ético-teológica, que já animava Xenófanes,vai se reatualizar na República. Para poder apreciar o sentido dessa reatualização, importa que não se considere o Livro X isoladamente, mas se atente para os primeiros livros do diálogo. Neles, e com vistas a uma melhor determinação do justo que é o que está em pauta, Platão mostra a necessidade de se discutir as afirmações dos poetas. Trata-se assim de destituí-los da autoridade de que ainda gozam na educação e na opinião comum. Só graças à discussão filosófica e a uma educação por ela inspirada o que pressupõe a produção ou a seleção de mito  é que se pode esperar uma maior realização da justiça, tanto no plano do indivíduo (do governo de sua alma) quanto no nível da cidade. A leitura aqui proposta das razões de Platão na República não impede que reconheçamos a importância da tragédia para a compreensão da existência humana, inclusive no que toca à idéia do divino.

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