Filosofia, perguntado por sanssss, 9 meses atrás

Platao e o mundo dos fenomenos ajuda rapida pfv

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Soluções para a tarefa

Respondido por SakuraahChan
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Resumo sobre Platão e a Alegoria da Caverna:

Platão acredita que por de trás do nosso mundo, chamado mundo dos sentidos, existe uma realidade abstrata, chamada de mundo das ideias, onde tudo é perfeito e eterno. Nós só podemos chegar a este mundo, onde se encontra o verdadeiro conhecimento, por meio da razão.

A FILOSOFIA DE PLATÃO

Como o ser humano obtém, pela primeira vez, o conhecimento e como pode identificá-lo se não sabemos o que é?

Platão aborda essa questão por meio do dualismo. Segundo ele, existem dois mundos:

– O mundo das formas ou ideias (inteligível): Platão diz que a alma traz consigo desde o seu nascimento um conhecimento prévio, a priori, que lhe permite a identificação do objeto – o chamado conhecimento inato. Tais conhecimentos são as ideias ou formas, que residem no mundo inteligível, fora do tempo e do espaço. Os objetos do mundo comum organizam suas estruturas conforme essas ideias ou formas primordiais, mas não são capazes de revelá-las em sua plenitude, sendo apenas imitações imperfeitas.

– O mundo concreto e sensível: trata-se de um mundo acessível pelos sentidos ou material. É o mundo que conhecemos pelo olfato, paladar, audição, visão e tato. A opinião (doxa), fundamentada nas sensações, tem uma “falsa consciência” de si mesma, julgando-se correta. Esse mundo, em Platão, é um engano, um falseamento.

Segundo Platão, atingir o conhecimento implica converter o sensível ao inteligível – ou seja, despertar, reviver e relembrar esse conhecimento esquecido. Dessa forma, a alma se liberta das aparências para se abrir ao conhecimento das ideias verdadeiras.

Para isso, Platão recorre à dialética, essencialmente dialógica. É por isso que escreveu em forma de diálogo, gênero que consagrou – em seus livros não há a exposição sistemática de uma filosofia, mas conversas entre Sócrates e seus amigos sobre justiça, amor, virtude etc. Para Platão, o diálogo é a melhor maneira de buscar a verdade e o único meio de chegarmos ao consenso, estabelecendo o que se diz e por que se diz.

Para clarificar esse pensamento, Platão expõe em A República o mito da caverna.  A alegoria começa com algumas pessoas no interior de uma caverna, acorrentadas no pescoço e nos pés desde a infância. Elas não conseguem ver a saída da caverna, apenas sombras de figuras humanas que estão do lado de fora, projetadas por uma fogueira de maneira que ficam gigantes e estranhas. Como essas pessoas vivem na caverna desde que nasceram, acham que as sombras são a única coisa que existe. Nada sabem sobre a luz, sobre a fogueira ou sobre o que há fora da caverna.

Porém, em determinado momento, um habitante da caverna se livra das correntes. Nesse instante, começa a indagar de onde vêm as sombras e, assim, sai da caverna. A luz do sol, de início, ofusca seus olhos e o assusta. Em seguida, seus olhos se adequam à luz do sol, e ele vê o mundo, colorido e bonito, e percebe que as sombras da caverna são apenas imitação barata do verdadeiro mundo. Feliz, o homem, lamentando a sorte de seus companheiros presos, volta à caverna e conta o que viu. Os habitantes da caverna não acreditam nele, dizem que tudo o que existe são as sombras, e, por fim, o matam.

A caverna é uma alegoria ao modo que os homens permanecem antes da filosofia, tal como sua subida ao mundo superior. O homem comum, prisioneiro de hábitos, preconceitos, costumes e práticas que adquiriu desde a infância, é um homem que está na caverna, e só consegue enxergar as coisas de maneira parcial, limitada, incompleta e distorcida, como “sombras”. Na caverna, só veriam as sombras, ou seja, estariam presos nas correntes da ignorância, não entendendo o mundo em que vivem.

A caverna representa, portanto, o domínio da opinião (doxos). A partir da filosofia, o homem buscaria compreender o mundo, se libertaria das correntes e sairia da escuridão da caverna, tomando contato com a luz do sol, que é a representação da verdade do mundo das Ideias.

Por que o homem iria querer sair das sombras, sendo que tal processo é doloroso? No diálogo Fedro, Platão nos lembra que há, na alma humana, um conflito entre a força do hábito, que faz com que o prisioneiro se sinta confortável em sua situação familiar, e a força do eros, quer dizer, a curiosidade, o impulso, que o estimula para fora, para buscar algo além de si mesmo.

Platão também formulou ideias no campo político, apontando como forma ideal um governo conduzido e dominado por filósofos – os mais sábios deveriam governar. No Estado ideal, todas as pessoas, ricas ou pobres, filhos de militares, trabalhadores ou governantes, homens ou mulheres, deveriam estudar desde crianças e fazer diversos testes. Aquelas que fossem deixadas para trás no teste, iam sendo agricultores, comerciantes, militares, e assim por diante. Os homens que passassem em todos os testes, aos 50 anos, estariam prontos para governar, automaticamente, sem nenhuma eleição.

Espero que seja isso...

Bons Estudos!


sanssss: voce sabe me dizer sobre o rei filsosfo e qual condição era para ele existir
SakuraahChan: okay vou tentar
SakuraahChan: Um rei‐filósofo é, segundo Platão, um governante inteligente e confiável que ama o conhecimento e aceita viver uma vida simples. Assim são os governantes de Calípolis, sua cidade utópica. A existência de tal comunidade seria impossível «enquanto não forem, ou os filósofos reis nas cidades, ou os que agora se chamam rei e soberanos filósofos genuínos e capazes».
SakuraahChan: A República
Na sua obra A República, Platão define um filósofo primeiramente como um «amante da sabedoria». Então, distingue quem ama o verdadeiro conhecimento — em contraposição à mera experiência ou educação — ao dizer que um filósofo é o único com acesso às ideias.
SakuraahChan: Em seguida, com o objetivo de defender a ideia de que os filósofos são os melhores governantes, apresenta a alegoria do navio: um «verdadeiro piloto precisa se preocupar com o ano, as estações, o céu, os astros, os ventos e tudo que diz respeito à sua arte se quer de fato ser comandante do navio»

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SakuraahChan: Exemplos
Grécia
Arquitas foi um filósofo pitagórico e líder político na antiga cidade grega de Tarento, na Itália. Ele era um amigo íntimo de Platão, e alguns estudiosos afirmam que ele pode ter sido uma inspiração para o conceito platônico de rei-filósofo.
SakuraahChan: Roma
Marco Aurélio, o último dos cinco bons imperadores romanos, foi o primeiro exemplo proeminente de rei-filósofo. Sua obra Meditações, escrita em grego enquanto estava em campanha entre os anos de 170 e 180, é reverenciada ainda hoje como um monumento literário à filosofia estoica.

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SakuraahChan: Pérsia
Cosroes I, o vigésimo xá do Império Sassânida, foi considerado por alguns um rei-filósofo. Ele era admirado tanto na Pérsia como além pelo seu caráter, suas virtudes e seu conhecimento de filosofia grega.[3] [4] [5]

Hungria
Matias I, rei da Hungria e da Croácia, foi influenciado pelo pensamento renascentista e empenhou-se fortemente em seguir o modelo e as ideias do rei-filósofo.[6]
SakuraahChan: Irã
Diz-se que o aiatolá Khomeini começou a se interessar em misticismo islâmico e na República de Platão enquanto estava em Qom, na década de 1920. Especula-se que ele foi inspirado pelo conceito de rei-filósofo, que futuramente baseou elementos de sua república islâmica — da qual foi líder supremo de 1979 a 1989.[7]
SakuraahChan: Críticas
Karl Popper, um reconhecido filósofo austro-britânico, atribuiu culpa à ideia platônica do rei-filósofo pela ascensão do totalitarismo no século XX. Para ele, a engenharia social e o idealismo inerentes ao rei-filósofo levam diretamente a Hitler e Stalin (por intermédio de Hegel e Marx, respectivamente).

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