Plantas que tiveram seu material genético alterado por técnicas de biotecnologia são chamadas de organismos transgênicos, como por exemplo, a soja e o milho transgênicos que são muito cultivados na agricultura brasileira para produção de alimentos. O que você pensa sobre a produção e o consumo de alimentos transgênicos? Descreva algumas vantagens e desvantagens do uso de tipo de alimento considerando questões sociais, econômicas, ambientais e de saúde humana envolvidos no cultivo de transgênicos.
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Resposta:
O que é Biotecnologia?
Biotecnologia é um ramo da ciência que aplica os conceitos da moderna engenharia genética na geração de novos produtos na agricultura, nos processos industriais ou na medicina. Na agricultura, por exemplo, temos plantas geneticamente modificadas que ficaram conhecidas no jargão popular como plantas transgênicas.
Quando surgiu a Biotecnologia?
A palavra Biotecnologia só foi adotada recentemente. Contudo, já há muito tempo o homem conhece e domina alguns processos biológicos com o intuito de produzir algum produto que o beneficie. A fermentação é um exemplo muito evidente disso. Registros históricos mostram que desde 1800 a.C já se fazia vinho e outros tipos de fermentados.
A Biotecnologia atual envolve principalmente o uso do DNA, ou ADN na sigla em português. A descoberta da estrutura básica da molécula do ADN em 1953, pelo norte-americano James Watson e pelo britânico Francis Crick, possibilitou avanços muito significativos na área da biologia molecular e, consequentemente, no conhecimento dos genes e das suas funções básicas.
O que são transgênicos?
Transgênico é sinônimo para a expressão "Organismo Geneticamente Modificado" (OGM). É um organismo que recebeu um gene de outro organismo doador. Essa alteração no seu DNA permite que mostre uma característica que não tinha antes. Na natureza, as alterações ou mutações naturais ocorrem com frequência. No caso de um OGM, os cientistas controlam essa alteração e depois estudam a fundo se o produto final é equivalente ao produto não modificado.
Por que fazer OGMs?
Os OGMs ou transgênicos são respostas da ciência para problemas que afetam a humanidade, como: doenças, fome, problemas no clima (seca, por exemplo). A biotecnologia oferece muitas possibilidades para melhorar a qualidade de vida da população. Um dos principais objetivos é desenvolver plantas resistentes a doenças e pragas agrícolas para tornar a agricultura menos dependente da aplicação de produtos químicos, melhorando a qualidade do alimento que chega à mesa dos consumidores.
Vale ressaltar que os cientistas não inventaram essas técnicas em laboratórios. Foi observando a natureza que eles repararam que alguns organismos têm a capacidade natural para transferir características genéticas, como é o caso, por exemplo, de uma bactéria do solo, chamada Agrobacterium tumefasciens, que há milênios transfere genes naturalmente. Eles passaram, então, a utilizar essa bactéria para transformar plantas em laboratório em prol de uma agricultura mais saudável.
Essa é a única maneira de desenvolver OGMs?
Não. A evolução das técnicas de engenharia genética levou a métodos mais rápidos e eficientes de transformação genética. O mais utilizado hoje é o de biobalística, a partir do qual, o gene é "literalmente" bombardeado para dentro da planta que se quer transformar. Com isso, o gene bombardeado se incorpora ao DNA da planta, transformando-a numa planta geneticamente modificada ou transgênica.
Biotecnologia e engenharia genética são a mesma coisa?
Não. A engenharia genética é uma das vertentes da biotecnologia, que como já foi afirmado na primeira resposta, é uma ciência bem mais ampla. A engenharia genética é a parte da biotecnologia responsável pela compreensão do funcionamento dos genes e a capacidade de manipulá-los em laboratório. Por meio de pesquisas, os cientistas podem usar a biotecnologia e a modificação dos genes para, por exemplo, transformar um alimento convencional em outro que seja resistente a doenças, ou desenvolver variedades de produtos enriquecidos nutricionalmente, ou ainda melhorar o sabor de um alimento, entre muitas possibilidades.
Onde os transgênicos agrícolas são produzidos atualmente? Quais as espécies produzidas no Brasil?
Em 2014, se completam duas décadas do desenvolvimento do primeiro produto alimentar geneticamente modificado no mundo – um tomate com maior durabilidade criado na Califórnia, Estados Unidos. Vinte anos depois, o mercado de transgênicos na agricultura é cada vez mais expressivo. A cada 100 hectares plantados com soja hoje no Planeta, 80 são de sementes com genes alterados. No caso do milho, são 30 para cada 100.
Nessas duas décadas, a área com culturas transgênicas subiu 100 vezes, de 1,7 milhões de hectares para 175,2 milhões. Os Estados Unidos lideram o plantio, seguidos pelo Brasil e Argentina.
No Brasil, foram plantados 40,3 milhões hectares com sementes de soja, milho e algodão transgênicos em 2013, com um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Hoje, das culturas cultivadas em nosso país com biotecnologia, 92% da soja é transgênica, 90% do milho e 47% do algodão também é geneticamente modificado.
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