Pichadores narram intervenção na Bienal de Berlim
Oficina terminou em confusão e polícia após pichação de igreja centenária
A pichação permanece uma forma muito controversa de arte de rua. Diferentemente do graffiti, que vem sendo assimilado pelas instituições tradicionais da arte no Brasil e no mundo, a pichação – ou pixação, como seus principais expoentes brasileiros a nomeiam – ainda é marginalizada e seu valor artístico é muito questionado e questionador.
Talvez justamente por isso, quatro expoentes da pixação paulistana tenham sido os únicos brasileiros convidados para participar da 7ª Bienal de Berlim, na Alemanha, aberta de 27 de abril a 1º de julho. [...]
Para fora do contexto da Bienal de Berlim, qual você acha que é o papel da pixação na arte contemporânea?
Djan Ivson [pixador brasileiro participante da 7ª Bienal de Berlim] - O pixador resgata a subversão do artista, que estava perdida, aquele desapego, sabe? A arte virou um produto do mercado, o artista já nasce se preparando para o mercado. Com a pixação, você não está em busca de nada material ou financeiro, é só um valor simbólico. A nossa busca é existencial, é não deixar a nossa existência passar em branco. Esse é o papel do pixador. E ele é um artista que sustenta o seu trabalho, os outros artistas fazem o contrário, eles se sustentam através da arte deles. Fora a disposição física; a gente coloca a nossa integridade física no nosso ofício. O que explica um cara arriscar a vida para deixar um simples risco na parede?
(MACRUZ, B. Pichadores narram intervenção na Bienal de Berlim. Revista Caros Amigos. Disponível em: http://www.carosamigos.com.br. Acesso em: 14 fev. 2014).
A partir do trecho da entrevista com Djan Ivson, a ideia que pode ser depreendida de sua fala é que
a) a pixação não tem sentido, pois, como diz o entrevistado, "o que explica um cara arriscar a vida para deixar um simples risco na parede?".
b) a pixação deve buscar uma maior integração no mercado de arte, pois, para ser artista, o pixador precisa nascer "se preparando para o mercado".
c) a pixação não tem valor, pois não oferece retorno financeiro e não é um "produto de mercado".
d) a pixação tem valor simbólico, algo que a arte convencional não tem. Além disso, ela deixa a "existência passar em branco".
e) a pixação é uma forma de arte que subverte os valores que a arte de mercado tem buscado, pois sua "busca é existencial", e não financeira.
Soluções para a tarefa
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Alternativa correta: Letra E.
Esta alternativa pode ser escolhida ao analisar o texto e o que cada opção fala. Começando pela letra A, ela está incorreta ao dizer que "a pixação não tem sentido" e ao lermos o texto do pixador, ele diz que é uma busca pelo simbólico, existencial, portanto tem sim um sentido.
A letra B está incorreta pois a pixação é o oposto disto, é a fuga da "arte para o mercado". A letra C está incoerente pois existe sim um valor, só não é de origem econômica, financeira e sim um simbólico.
A letra D está incorreta pois ela diz "ela deixa a 'existência passar em branco' " e é justamente o contrário disto, de acordo com o pixador, ela deixa a vida não passar em branco.
Esta alternativa pode ser escolhida ao analisar o texto e o que cada opção fala. Começando pela letra A, ela está incorreta ao dizer que "a pixação não tem sentido" e ao lermos o texto do pixador, ele diz que é uma busca pelo simbólico, existencial, portanto tem sim um sentido.
A letra B está incorreta pois a pixação é o oposto disto, é a fuga da "arte para o mercado". A letra C está incoerente pois existe sim um valor, só não é de origem econômica, financeira e sim um simbólico.
A letra D está incorreta pois ela diz "ela deixa a 'existência passar em branco' " e é justamente o contrário disto, de acordo com o pixador, ela deixa a vida não passar em branco.
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