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Resposta:
O menino crucificado na Ucrânia"
Esta notícia distribuída pela mídia russa contava o caso de Galyna Pyshnyak, apresentada como uma refugiada russa. Mas Pyshnyak era na verdade a mulher de um militante pró-russo.
"Uma refugiada de Sloviansk se lembra de como uma criança e a mulher de um miliciano foram executadas na frente dela", disse o canal de TV estatal Channel One Russia em 12 de julho de 2014, em meio à recém-estourada guerra de Donbass, no leste da Ucrânia, entre tropas ucranianas e forças pró-russas separatistas.
Aos prantos, a mulher aparecia contando que soldados ucranianos haviam crucificado publicamente um menino de três anos de idade diante de sua mãe, "como se ele fosse Jesus", enquanto o garotinho gritava, sangrava e chorava.
"As pessoas desmaiavam. O menino sofreu durante uma hora e meia e depois morreu. Em seguida, foram para sua mãe", disse ela.
Mas tudo era mentira.
Explicação:
Na verdade, não só isso não aconteceu, como o local também foi inventado: "Eles disseram que o Exército (ucraniano) encurralou os moradores locais na Praça Lenin, na cidade de Sloviansk, mas essa praça não existe", diz Yurkova.
Apesar disso, essa "notícia" teve grande alcance e apareceu em vários estudos como exemplo de "desinformação" nos meios modernos de comunicação de massa.
Para a Rússia, foi "uma boa peça de propaganda", escreveu o jornalista Andrew Kramer em um artigo do New York Times, em fevereiro de 2017.Durante a crise ucraniana de 2014, notícias manipuladoras e, muitas vezes, totalmente inventadas foram divulgadas a partir da televisão russa e de websites para jornais locais favoráveis".
A história do menino crucificado não apenas enganou a muitos na Ucrânia e na Rússia, mas também os motivou a "pegar em armas", disse Yurkova.
Por isso, adverte ela, as notícias falsas "são uma ameaça à democracia e à sociedade".
Sei que foi grande o texto mas espero ter ajudado.