pesquise sobre o sistema de trabalho introduzido na cafeicultura, no início da imigração europeia para o Brasil, conhecido como sistema de parceria
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Imigração
Na segunda metade do século XIX as condições eram favoráveis à imigração para países como o Brasil. A revolução industrial provocara a urbanização e o êxodo rural, fazendo com que muitos antigos agricultores europeus perdessem suas terras, mudando-se para a cidade. Com o desemprego ameaçando suas famílias, muitos preferiam tentar a sorte em outras terras além mar. Também as guerras e as revoluções do século XIX eram um estímulo à vinda para a América.
Desde a vinda da Família Real para o Brasil chegavam imigrantes que se espalhavam em colônias pelo interior, sem influir decisivamente na economia do país.
Porém, a expansão cafeeira e a Lei Euzébio de Queiróz determinaram novo afluxo de imigração para o país. O pioneiro dessa nova fase foi o fazendeiro paulista Senador Nicolau de Campo Vergueiro. Nessa primeira fase da imigração em larga escala, adotou-se o sistema de parceria. O imigrante ficava com a parte da produção, sem direito a salários. O sistema mostro-se ineficaz, pois muitos imigrantes mal conseguiam saldar suas dívidas ( viagem, empório, remédios) com o fazendeiro. Além disso, muitos imigrantes eram colocados em fazendas como escravos e submetidos a maus tratos e castigos. O número de imigrantes que abandonavam o país era muito grande. Alguns países como a Itália e a Alemanha suspenderam a emigração para o Brasil.
Com a intervenção do Estado Brasileiro, iniciou-se a segunda fase da imigração. O Estado comprometia-se a pagar a viagem e os imigrantes deveriam receber salários. Assim era introduzido o trabalho assalariado. Além disso, o governo promoveu uma ocupação de terrenos devolutos na região sul, através da doação para imigrantes.
Industrialização
Desde o período colonial houveram muitas dificuldades para a implantação de indústrias no Brasil. Inicialmente havia o pacto colonial, que fazia da colônia mera consumidora de artigos metropolitanos. Com o fim do pacto colonial e a conseqüente abertura dos portos, tornava-se muito difícil o estabelecimento de indústrias nacionais diante da concorrência dos produtos ingleses.
Com a proclamação da independência, a Inglaterra conseguiu impor-se economicamente sobre o Brasil e, com a renovação dos Tratados de 1810 em 1827, dificultou-se ainda mais qualquer tentativa de desenvolver indústrias no país.
Porém, em 1844, devido a própria estrutura de arrecadação do Estado brasileiro, as indústrias foram incentivadas. Necessitando aumentar a arrecadação do Estado e sendo as taxas alfandegárias a principal fonte de arrecadação, o Ministro da Fazenda Manuel Alves Branco determinou um aumento das tarifas alfandegárias de mais de 3.000 artigos importados. As tarifas que giravam sempre em torno de 15%, passaram a variar de 20% a 60%. Com o aumento do preço dos produtos importados, a Lei Alves Branco estimulou alguns empresários a investir no setor industrial.
Em 1850, um outro acontecimento teve papel decisivo no surgimento de indústrias no país: a aprovação da Lei Euzébio de Queiróz. Com a proibição do tráfico, que mobilizava um grande volume de recursos, muitos empresários começavam a aplicar suas rendas no setor industrial.
Nesse contexto ocorreu no país um considerável surto industrial, conhecido como Era Mauá. Seu maior expoente foi Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, que, numa sociedade que defendia apenas seus produtos agrícolas, ousou investir em atividades industriais e financeiras.
Mauá foi responsável por empreendimentos como a primeira ferrovia brasileira ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis, a companhia de navegação a vapor do Rio Amazonas, o serviço de iluminação a gás do Rio de Janeiro, além do Banco Mauá, com filiais em Montevidéu e Londres.
No entanto Mauá faliu, em grande parte devido ao descaso das classes políticas, mais interessadas em defender as atividades agrícolas e facilmente influenciadas pelo capital estrangeiro, notadamente o inglês, que não tinha interesse em desenvolvimento industrial em áreas como o Brasil que, pela Divisão Internacional do Trabalho, introduzida, deveriam ser fornecedoras de produtos tropicais e matérias-primas, além de consumidoras de produtos industrializados.