Pesquise sobre o ritual Kuarup, como e porque é feito.
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Resposta:
O Kuarup ocorre sempre um ano após a morte dos parentes indígenas. Os troncos de madeira representam cada homenageado. Eles são colocados no centro do pátio da aldeia, ornamentados, como ponto principal de todo o ritual. Em torno deles, a família faz uma homenagem aos mortos. Passam a noite toda acordados, chorando e rezando pelos seus familiares que se foram. E é assim, com rezas e muito choro, que se despedem, pela última vez.
De acordo com a tradição, os convidados que vêm de outras comunidades e acampam nas proximidades da aldeia Kamayurá recebem, das famílias que estão de luto, presentes como peixe e beiju. "No total, são 8 etnias que estão presentes aqui. Dentre elas, o anfitrião Kamayurá, e os convidados Kuikuro, Mehinako, Kalapalo, Matipu, Waurá, Kaiabi e Aweti", afirma Pablo Kamaiurá.
Kumaré Txicão, Coordenador Regional do Xingu, também esteve compareceu ao evento ajudando na organização e recepção dos presentes. Para Kumaré, "os pajés, familiares e convidados devem estar tranquilos para que possam expressar sua homenagem aos familiares mortos."
O rito de passagem das meninas que iniciam a vida adulta também faz parte do ritual. Antes do Kuarup, elas ficam reclusas em casa por um ano, período de reflexão que encerra a puberdade.No segundo dia, começa a luta chamada Huka Huka. Os guerreiros, anfitriões do ritual, junto com os convidados, passam a noite anterior em claro, se preparando, se arranhando com dente de um peixe da espécie "cachorro", passando ervas em toda pele, e pintando seus corpos e cabelo com jenipapo e urucum. Tudo isso com um objetivo: enfrentar seus adversários e, assim, ganhar a luta.
Durante o Huka Huka, os guerreiros jovens se enfrentam. O objetivo é tocar a coxa do adversário ou derrubá-lo segurando a sua perna. Quem conseguir isso primeiro ganha. Ao final da luta, os ornamentos colocados nos troncos são retirados e entregues às famílias dos mortos homenageados. Em seguida, os troncos são atirados na Lagoa Ipavu, para que a alma deles seja liberta.
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