Pesquise na internet e responda quais são as razões que explicam o sucesso do Plano
Real (lançado em 1994) no combate à inflação no Brasil, ao contrário de vários outros
planos anteriormente tentados. Você poderia explicar como este plano combateu a
indexação da economia, que muitos consideravam um fator fundamental para que a
inflação permanecesse alta no Brasil naquela época? Porém, apesar do sucesso no
combate à inflação, o Plano Real é acusado de ter alguns “efeitos colaterais” não
desejados. Explique também esta afirmação:
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É importante frisar que a mudança da moeda brasileira para o real foi uma resposta aos anos de incerteza que os brasileiros sofreram. Era praticamente impossível fazer planos a longo prazo, pois os preços poderiam subir e dobrar os gastos de uma viagem, por exemplo, passado um mês. Apelidada de “dragão”, a alta inflação simplesmente corroía o poder de compra das pessoas.
O Plano Real representa hoje um marco em nossa história recente por ter criado condições de combate para o grave problema da hiperinflação e, consequentemente, o descontrole fiscal do Estado brasileiro. Foi também responsável pela criação do real, a moeda que circula até os dias de hoje na economia brasileira.
Além do controle inflacionário no Brasil, que possibilitou importantes avanços em nossa História, o Plano Real produziu também efeitos culturais e políticos.
A Constituição de 1988, elaborada após 21 anos de ditadura no Brasil, tinha como característica a vinculação do governo federal, produzindo uma excessiva rigidez dos gastos da União. Isso dificultava bastante o ajuste fiscal que o Plano Real havia diagnosticado ser necessário. Foi necessária, portanto, a criação do Fundo Social de Emergência (FSE), que embora criasse um fundo que aumentava as verbas para as áreas de saúde e educação, na prática desvinculava as receitas orçamentárias, permitindo um manejo dos recursos que seriam destinados para essas áreas para cobrir outros tipos de despesas. Em 2000, esse instrumento passou a ser chamado de Desvinculação de Receitas da União (DRU) e é utilizado até os dias de hoje.
Além disso, Fernando Henrique Cardoso, aproveitando os sucessos imediatos do Plano Real logo após a implementação de suas primeiras medidas, elegeu-se presidente em 1994, sendo reeleito em 1998.
O Plano Real também possibilitou feitos distributivos significativos, pelo menos em seus primeiros anos após a implementação. Isso foi importante, sobretudo em uma sociedade com níveis de desigualdade social tão elevados como o Brasil. No entanto, há um grande debate entre economistas de diferentes linhas de pensamento sobre a importância do papel do Estado no combate aos problemas sociais, sobretudo a desigualdade.
Com o Plano Real e com o grupo político que ascendeu ao poder após a sua implementação, houve uma visão de política de Estado voltada para a contenção de gastos públicos e responsabilidade fiscal. Isso anulava, em partes, as próprias funções delegadas ao Estado brasileiro pela Constituição de 1988, que visava destinar subsídios para a resolução de problemas fundamentais, como a própria desigualdade social.
O Plano Real representa hoje um marco em nossa história recente por ter criado condições de combate para o grave problema da hiperinflação e, consequentemente, o descontrole fiscal do Estado brasileiro. Foi também responsável pela criação do real, a moeda que circula até os dias de hoje na economia brasileira.
Além do controle inflacionário no Brasil, que possibilitou importantes avanços em nossa História, o Plano Real produziu também efeitos culturais e políticos.
A Constituição de 1988, elaborada após 21 anos de ditadura no Brasil, tinha como característica a vinculação do governo federal, produzindo uma excessiva rigidez dos gastos da União. Isso dificultava bastante o ajuste fiscal que o Plano Real havia diagnosticado ser necessário. Foi necessária, portanto, a criação do Fundo Social de Emergência (FSE), que embora criasse um fundo que aumentava as verbas para as áreas de saúde e educação, na prática desvinculava as receitas orçamentárias, permitindo um manejo dos recursos que seriam destinados para essas áreas para cobrir outros tipos de despesas. Em 2000, esse instrumento passou a ser chamado de Desvinculação de Receitas da União (DRU) e é utilizado até os dias de hoje.
Além disso, Fernando Henrique Cardoso, aproveitando os sucessos imediatos do Plano Real logo após a implementação de suas primeiras medidas, elegeu-se presidente em 1994, sendo reeleito em 1998.
O Plano Real também possibilitou feitos distributivos significativos, pelo menos em seus primeiros anos após a implementação. Isso foi importante, sobretudo em uma sociedade com níveis de desigualdade social tão elevados como o Brasil. No entanto, há um grande debate entre economistas de diferentes linhas de pensamento sobre a importância do papel do Estado no combate aos problemas sociais, sobretudo a desigualdade.
Com o Plano Real e com o grupo político que ascendeu ao poder após a sua implementação, houve uma visão de política de Estado voltada para a contenção de gastos públicos e responsabilidade fiscal. Isso anulava, em partes, as próprias funções delegadas ao Estado brasileiro pela Constituição de 1988, que visava destinar subsídios para a resolução de problemas fundamentais, como a própria desigualdade social.
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