ENEM, perguntado por mariane5958, 4 meses atrás

PERGUNTA 7
1. O virus letal da xenofobia
Eliane Brum
Uma epidemia, como Albert Camus sabia tão bem, revela toda a doença de
uma sociedade. A doença que esteve sempre lá, respirando nas sombras (ou
nem tão nas sombras assim), manifesta sua face horrenda. Foi assim no Brasil
na semana passada. Era uma suspeita de ebola, fato suficiente, pela letalidade
do vírus, para exigir o máximo de seriedade das autoridades de saúde, como
aconteceu. Descobrimos, porém, a deformação causada por um vírus que nos
consome há muito mais tempo, o da xenofobia. E, como o outro, o
"estrangeiro", a "ameaça", era africano da Guiné, exacerbada por uma herança
escravocrata jamais superada. O racismo no Brasil não é passado, mas vida
cotidiana conjugada no presente.
A peste não está fora, mas dentro de nós.
Foi ela, a peste dentro de nós, que levou à violação dos direitos mais básicos
do homem sobre o qual pesava uma suspeita de ebola. Contrariando a lei e a
ética, seu nome foi exposto. Seu rosto foi exposto. O documento em que pedia
refúgio foi exposto. Ele não foi tratado como um homem, mas como o rato que
traz a peste para essa terra chamada Brasil. Deste crime, parte da imprensa,
se tiver vergonha, se envergonhará.
Ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa
se der negativo ou positivo, devemos desculpas.
Não sei se há desamparo maior do que alcançar a fronteira de um país
distante, nessa solidão abissal. E pedir refúgio, essa palavra-conceito tão
nobre, ao mesmo tempo tav utnuuuu.
saber como a fragilidade da carne nos escava. Corrói mesmo aqueico yuu
o melhor plano de saúde num país desigual. Ele, desabitado da língua, era
desterrado também do corpo. Para alcançar o que viveu o homem
desconhecido, porque o que se revelou dele não é ele, mas nós, é preciso vê-
é
lo como um homem, não como um rato que carrega um vírus. Para alcançá-lo,
é preciso vestir o homem. Mas só um humano pode vestir um humano.
E logo ouviu-se o clamor. Não é hora de fechar as fronteiras?, cobrou-se das
autoridades. Que os ratos fiquem do lado de fora, onde sempre estiveram.
1. O racismo no Brasil não está presente somente na crônica da autora, mas
nas ruas.
II. Ao expor o nome do refugiado, a imprensa tratou com transparência o
episódio
III. A autora mostra que o que foi exposto não foi o refugiado, mas, sim, o virus
da xenofobia.
anal está correta.

Soluções para a tarefa

Respondido por lilax0521
5

Resposta:

I e III

Explicação:

I. O racismo no Brasil não está presente somente na crônica da autora, mas

nas ruas.

III. A autora mostra que o que foi exposto não foi o refugiado, mas, sim, o vírus  da xenofobia.

O texto aborda que o racismo vem de todos os lugares é uma doença na sociedade brasileira , ai que ela fala em xenofobia é o vírus que foi exposto.

Respondido por martinkoliveira
1

Sobre racismo e xenofobia, estão corretas as afirmativas I e III.

Análise das afirmações sobre racismo e xenofobia:

  • I - A primeira afirmação está CORRETA, dado que o racismo se faz presente no país brasileiro de forma ampla, principalmente nas ruas.

  • II - A segunda afirmação está ERRADA, porque a imprensa não foi correta ao expor o nome do refugiado, e nesse sentido a palavra transparência tem significado diferente.

  • III - A terceira afirmação está CORRETA, uma vez que o vírus da xenofobia é que teria sido exposto, conforme a analogia da autora.

Veja mais sobre xenofobia:

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