Question

Passados dois anos do maior desastre ambiental do Brasil, quantificação de danos aos moradores afetados e à natureza ainda não foi concluída


Prestes a completar dois anos, a maior tragédia ambiental já registrada no Brasil ainda enfrenta um longo caminho para ser solucionada. Estima-se que 450.000 pessoas tenham sido afetadas pelo rompimento da barragem do Fundão, na cidade de Mariana, sejam por terem perdido suas casas e meios de subsistência ou por terem tido seu consumo de água potável interrompido.
A vida dessas pessoas mudou radicalmente, e muitas ainda esperam para tê-las de volta. Thiago Alves, que é integrante da comissão do Movimento de Atingidos pelas Barragens em Minas Gerais, afirmou que algumas famílias ainda não têm onde morar. A Fundação Renova paga aluguel e auxílio financeiro de cerca 1.200 reais. Os reassentamentos prometidos ainda não foram finalizados, e algumas famílias moram em casas alugadas, sem previsão de mudança. “Não há diálogo produtivo entre os atingidos e as empresas. Enquanto isso, os moradores esperam um projeto decente de moradia”, acrescenta Thiago. Para ele, a luta dos moradores é constante, e a denúncia contra as ações da empresa devem ser permanentes. A Samarco afirma que realizou 641 reuniões, com mais de 23.000 pessoas desde o acidente.
Em nota, a Fundação afirmou que desde o primeiro dia, após o rompimento da barragem de Fundão, todas as pessoas atingidas foram abrigadas em hotéis e pousadas de Mariana. Em nenhum momento essas pessoas ficaram desabrigadas. A Renova aluga 301 casas na região de Mariana para abrigar estas famílias. São gastos em torno de R$ 500 mil por mês com estes aluguéis.
Até o momento foram desembolsados 500 milhões de reais em indenizações. A expectativa da Renova é que até meados de 2018 todas as indenizações estejam concluídas.
Foram mais de 34 milhões de metros cúbicos de lama despejados no curso do Rio Doce, que destruíram a vida de comunidades ao longo de seiscentos quilômetros, entre Minas Gerais e a foz, no Espírito Santo.
Quase 1.500 hectares de vegetação ficaram comprometidos, e dezenas de espécies da fauna aquática e terrestre foram afetadas.
Quase nenhuma das pessoas atingidas, salvo os parentes de vítimas fatais, foi indenizada até agora — e elas correm o risco de não receberam nada caso o processo não seja finalizado até novembro do ano que vem.
A verba que deveria ser destinada para a recuperação ambiental também não saiu. Um imbróglio que se arrasta e que coloca o Ministério Público numa corrida contra o tempo para conseguir que seja feita justiça.



Sobre o tema Mineração e degradação ambiental e a situação exposta no texto, avalie as afirmações abaixo:
I - A atividade mineradora incorre em impacto nos meios físico, biológico e social, podendo esses serem controlados ou mitigados, porém nunca anulados.
II - Apesar de extremamente impactante, a atividade mineradora é importante para a política industrial de base da economia brasileira e, portanto, seus impactos são desconsiderados.
III - Os impactos ambientais nesta situação não poderão ser mensurados com a mesma facilidade que os impactos sociais.
IV - As consequências apresentadas pela poluição deste desastre ainda deverão ser estudadas e avaliadas por muitos anos, pois há o efeito em cadeia sobre o meio ambiente e as bacias hidrográficas afetadas.
V - Tanto os habitats marinhos, aquáticos quanto os terrestres foram afetados.

Avalie os fatos apresentados nas afirmativas e selecione a opção correta.

Escolha uma:
a.
As alternativas I, II e III só ocorrem se a Alternativa IV também existir.

b.
A alternativa V somente ocorre em todas as situações de atividade mineradora. Incorreto

c.
Todas as alternativas são falsas.

d.
A ocorrência das alternativas I, II e III é inerente a qualquer empreendimento que exerça atividade de mineração.

e.
Não há qualquer correlação entre as alternativas I, II, III, IV e V.

Answer 1

ALGUÉM AJUDA POR FAVOR

Answer 2

Resposta:

A ocorrência das alternativas I, II e III é inerente a qualquer empreendimento que exerça atividade de mineração.  Correto

Explicação:

AVA