Português, perguntado por srauan715, 5 meses atrás

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1. A dependência dos seres humanos da tecnologia no século XXI é evidente. Grande

parte dessa dependência pode ser atestada pelo que é chamado tempo de tela,

isto é, o tempo gasto com alguma atividade que envolva televisão, computador ou

celular. Essa dependência e esse tempo de tela, embora facilitem consideravelmente

a vida das pessoas, podem produzir algumas consequências. É disso que trata o

trecho a seguir.

[...]

Recome nda-se que as crianças e os adolescentes limitem a, no máximo, duas

horas por dia o tempo dedicado às atividades de tela. O relatório do Health

Behaviour in School-Age Children (HBSC), realizado com adolescentes de 11, 13

e 15 anos de idade de 41 países da Europa e a América do Norte, revelou que 56%

a 65% desses jovens passavam duas horas ou mais por dia assistindo à televisão.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), com escolares do nono

ano do Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas de todas as capitais

brasileiras e do Distrito Federal, demonstraram que 78% dos escolares relataram

assistir a duas horas ou mais de televisão por dia. Revisão sistemática de estudos

com adolescentes brasileiros mostrou que, em 60% dos estudos analisados, a prevalência de tempo excessivo de tela foi superior a 50%.

[...]

LUCENA, J. M. S. de et al. Prevalência de tempo excessivo de tela e fatores associados em adolescentes.

Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 33, n. 4, p. 407-414, out./dez. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/

pdf/rpp/v33n4/pt_0103-0582-rpp-33-04-0407.pdf. Acesso em: 20 maio 2020.

O trecho indica o tempo de tela dedicado apenas à televisão. Considerando que ainda

existem os dados relacionados ao uso de computadores e celulares, que tipo de consequências esse tempo de tela pode acarretar aos jovens?

2. Leia este outro trecho.

A Orga nização Mundial da Saúde (OMS) alerta que as taxas mundiais de inatividade sica continuam elevadas – 27% das pessoas não fazem exercícios. Enquanto

isso, na América Latina e no Brasil, o sedentarismo cresce.

A pesquisa levou em conta dados de quase 2 milhões de pessoas de 168 países. A

OMS classifi ca como atividade sica insufi ciente os casos em que a pessoa dedica

menos de 150 minutos semanais aos exercícios de intensidade moderada ou menos

de 75 minutos aos intensos.

[...]

Desde 2002, a taxa de inatividade no Brasil cresceu mais de 15%. As informações

mais recentes, de 2016, usadas na pesquisa mostram que 47% dos brasileiros não se

exercitam o suficiente.
a) Como esses dados referentes à inatividade do brasileiro podem ser relacionados ao tempo de tela?

b) Os dados apresentados nesse texto se referem a uma ideia de corpo e de

saúde que circula frequentemente nos discursos jornalísticos, científicos,

escolares, entre outros. De acordo com seu conhecimento de mundo, o que

é um corpo?

3. No mundo contemporâneo, dada a configuração da sociedade, repetimos as

mesmas ações cotidianamente, de forma que várias de nossas ações acabam

se tornando automatizadas. Leia o trecho a seguir de um artigo acadêmico sobre

dança.

O que vemos, a maior parte do tempo, é uma repetição de padrões, de gestos

sociais, em corpos que parecem ter esquecido sua plasticidade e integridade.

A singularidade de cada corpo é, muitas vezes, pouco evidente, quando se

trata de investigação de movimentos. Muitas respostas corporais se estabilizam de tal maneira que, mesmo não condizendo com o momento presente,

continuam a se impor como forma de estabelecer a relação com o ambiente.

NEVES, N. Klauss Vianna: estudos para uma dramaturgia corporal. São Paulo: Cortez, 2008. p. 45.

a) Com base nessas considerações, que tipos de padrões são estabelecidos em

nossos corpos por meio das repetições cotidianas?

b) Quais seriam as implicações dessa automatização dos gestos cotidianos

para o corpo?

4. Retome agora o texto "Onde estão nossos corpos?". O artigo de Danilo Patzdorf

apresenta uma discussão sobre o corpo que, desde a introdução, propõe um

recorte temático para a abordagem a ser tomada.

a) Qual pergunta o autor pretende responder ao longo do artigo?

b) Resumidamente, que discussão essa pergunta propõe?

c) Para contextualizar a discussão, os dois primeiros parágrafos atuam como

uma introdução que apresenta duas perspectivas sobre as consequências da

tecnologia digital sobre os corpos contemporâneos. Indique quais são elas.

d) Que efeito argumentativo é produzido ao se apresentar ao mesmo tempo

argumentos contrários entre si?

Soluções para a tarefa

Respondido por AC1969
1

1) O tempo excessivo de tela, que não é recomendado pelas associações médicas internacionais, pode produzir nos jovens:

  • Sedentarismo e falta de atividade física.
  • Problemas de saúde associados ao sedentarismo, como risco cardíaco.
  • Obesidade e problemas associados.

 

2) a) Muitas vezes o chamado tempo de inatividade, que é o tempo em que as pessoas não se exercitam, é dedicado a televisão, computadores ou celulares. Quando esse tempo de tela aumenta, o exercício diminui.

 

b) O corpo, neste caso específico, é o organismo humano, composto por músculos, ossos, sangue, órgãos e demais componentes. Trata-se do corpo biológico, que precisa de alimentação, cuidados e exercício. Chama-se saúde a conservação do corpo.

 

3) a) Várias ações físicas são reflexos condicionados, e o texto aponta que são executadas automaticamente. Espreguiçar-se é um reflexo condicionado ao levantar. Cruzar os braços para se proteger é outro reflexo físico cotidiano.

   

b) O texto sustenta que os gestos automatizados fazem com que as pessoas esqueçam a plasticidade do próprio corpo. Com isso, deixam de se exercitar devidamente, assim como não empregam os próprios recursos corporais da melhor forma.

   

4) a) Em "Onde estão nossos corpos?", Danilo Patzdorf questiona o que se deve considerar "corpo" nos dias atuais.

b) Segundo o autor, não se trata mais apenas de falar do corpo físico. Ele aponta que há extensões virtuais que se tornam importantes nas interações inclusive físicas. O celular permanece junto ao corpo porque mantém ativa a comunicação e serve até para coordenar os encontros físicos que a pessoa terá.

 

c) Os dois primeiros parágrafos apontam um paradoxo:

  • Muitas pessoas culpam o celular ou a atividade virtual pelo sedentarismo e falta de atividade física.
  • Entretanto, o celular ou a atividade virtual até estimulam ações físicas, ao agendar encontros e até namoros.

 

d) Como é próprio de textos argumentativos, o artigo contrapõe ideias para dar uma ideia da complexidade do tema que aborda. Também evita simplificações e propõe que se compreenda o assunto mais a fundo.

 

A atividade virtual e a saúde

O exercício traz vários artigos e dados médicos a respeito da preocupação com o tempo excessivo de tela para adultos e jovens, e ao mesmo tempo apresenta discussões sobre como o cotidiano moderno está mudando o conceito de corporalidade, o que exige adaptação.

  • Entre os desafios está manter o exercício físico.
  • Outra questão é evitar a automatização de atitudes, o que não traz benefícios.
  • Um desafio, também, é compreender que o físico e o virtual são agora associados, o que exige equilíbrio ao conciliá-los.

 

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