Para responder às questões, considere o fragmento do romance Os Maias, deEça de Queirós.No trecho acima, quem relata é o narrador em terceirapessoa que se aproveita, dentre outros recursos, dodiscurso indireto livre. Considerado o contexto cultural emque a obra foi produzida, é correto afirmar que, nesserelato, o uso da ironia(A) permitiu que o narrador, aderindo aos sentimentosde Tomás Alencar, criticasse a estética realista/naturalista, traduzindo a visão de Eça de Queirós.(B) produziu uma inversão: o narrador, caracterizando oRealismo/Naturalismo sob a perspectiva de TomásAlencar, deixa transparecer as convicções dorealista Eça de Queirós sobre o Romantismo.(C) criou um discurso de natureza metalingüística: o temaé a arte de Tomás Alencar, que, embora romântico,procura compor segundo o estilo das obras de Zola.(D) propiciou que fossem citadas, pela voz da personagem, as razões do juízo desfavorável de Eça deQueirós acerca das propostas da geração dasConferências do Cassino Lisbonense.(E) criou referências (tédio no casamento, maridos comofiguras bestiais, amantes apolíneos) que aproximamTomás Alencar do autor de Madame Bovary, o quejustifica sua aversão ao Realismo/Naturalismo.
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Letra b. Em "Os Maias", é evidente a presença de elementos fortemente naturalistas, diante de uma grande hereditariedade, bem como animalização dos personagens, que pode ser identificada no decorrer da leitura em questão.
Além disso, nota-se que o texto apresenta elementos relacionados com o florescer da tecnologia, bem como dos pensamentos iluministas, sendo assim, há clara abordagem científica apresentada no decorrer da obra em questão.
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