Para responder às questões 4 e 5 leia os dois textos abaixo sobre: CENÁRIOS TRABALHO NO MUNDO DE HOJE: O trabalho flexibilizado e mundializado O sociólogo brasileiro Octávio Ianni (1926-2004), no artigo “O mundo do trabalho”, publicado em 1994 no periódico São Paulo em perspectiva (Seade), afirma que todas as mudanças no mundo do trabalho são quantitativas e qualitativas, e afetam a estrutura social nas mais diferentes escalas. Entre essas mudanças, ele aponta o rompimento dos quadros sociais e mentais que estavam vinculados a uma base nacional. Ele quer dizer que hoje, com o trabalho flexível e volante no mundo todo, pessoas migram para outros países em busca de trabalho. E, assim, nos países a que chegam, geralmente vivem em situação difícil, desenvolvendo trabalhos insalubres e em condições precárias. Além das dificuldades de adaptação, com frequência enfrentam problemas de preconceito racial, religioso e cultural. O fenômeno dos decasséguis, os brasileiros descendentes de japoneses que se deslocam para trabalhar no Japão por curtas ou longas temporadas, é a expressão bem visível desse processo. Trabalham mais de 12 horas por dia e são explorados ao máximo. Alguns, mais qualificados, conseguem bons empregos, mas a maioria não. A esta restam as opções de voltar ou de lá permanecer marginalizada. ATENÇÃO: NÃO RESPONDA NADA AQUI NO ESPAÇO ABAIXO. ANTES DE RESPONDER, LEIA O TEXTO ABAIXO.
Opção 1
EMPREGO: problema é seu.[...] os assalariados de uma uma empresa, não importa qual seja seu nível hierárquico, não sabem nunca se serão mantidos ou não no emprego, porque não é a riqueza econômica da empresa que vai impedir que exista redução de efetivo. Vou dar o exemplo [...] da Peugeot e da Citroen [Grupo PSA], que conheço bem, na França. É uma empresa que está funcionando muito bem. Ela passa seu tempo a despedir as pessoas de maneira regular. Isso é perversão, mas a perversão está ligada à psicologização. O que quero dizer com isso? Poderão permanecer na empresa apenas aqueles que são considerados de excelente performance. [...] Isso é psicologização, na medida em que, se alguém não consegue conservar o seu trabalho, fala-se tranquilamente: "mas é sua culpa, você não soube se adaptar, você não soube fazer esforços necessários, você não teve uma alma de vencedor, você não é um herói." [...] quer dizer: "você é culpado e não a organização da empresa ou da sociedade. A culpa é só sua." Isso culpabiliza as pessoas de modo quase total, pessoas que, além disso, ficam submetidas a um estresse profissional extremamente forte. Então as empresas exigem daqueles que permanecem um devotamento, lealdade e fidelidade, mas ela não dá nada em troca. Ela vai dizer simplesmente: "você tem a chance de continuar, mas talvez você também não permaneça". (ENRIQUEZ, Eugène. Perda de trabalho, perda de identidade. In: NABUCO, Maria Regina, CARVALHO NETO, Antonio. Relações de trabalho contemporâneas. Belo Horizonte: IRT, 1999. p. 77. ) 4 - Qual é a principal relação entre os dois textos? Explique. (1,0 ponto) *
Esta pergunta é obrigatória
5 - O emprego é uma questão pessoal, social ou ambas? Explique. (1,0 ponto). *
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O emprego é uma questão pessoal e social. Pessoal porque você deve ter obrigatoriamente fundos e recursos para se manter e social porque à que você está com emprego é bem visto e respeitado socialmente.
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