Para responder às questões 1 e 2, leia com atenção o causo abaixo:
O VAIVÉM
Era um dia um velho chamado Zusa, que trabalhava pelo ofício de carapina. A sua oficina era um brinco, sempre muito asseada, a ferramenta muito limpa, tudo nos seus lugares.
Mas a mania do velho era batizar cada ferramenta com um nome próprio. O martelo chamava-se toc-toc, o formão, rompe-ferro, o serrote, vaivém.
Quando um carapina do lugar precisava de uma, corria logo à oficina do Zusa, a pedir-lhe de empréstimo.
Mas, tantas lhe fizeram, demorando a entrega ou ficando com as ferramentas algumas vezes, que o velho resolveu parar com os empréstimos.
Certo dia foi à oficina um menino, de mando do pai, e disse:
-- Papai mandou-lhe muitas lembranças e também pedir-lhe emprestado o vaivém.
Mestre Zusa pôs as cangalhas no nariz e respondeu:
-- Menino, volta e diz a teu pai que se vaivém fosse e viesse, vaivém ia, mas como vaivém vai e não vem, vaivém não vai.
(Lindolfo Gomes - Contos Populares Brasileiros).
Disponível em:<https://arteemanhasdalingua.blogspot.com/2016/08/o-vaivem-lindolfo-gomes.html>.
Acesso em 28 set. 2020.
1 – Qual a temática apresentada no causo? *
1 ponto
a) A história de um serralheiro que possuía uma oficina impecável, onde realizava excelente trabalho e era elogiado por todos os clientes.
b) A história de um carpinteiro, cuja oficina tinha uma excelente organização. Este carpinteiro resolveu colocar nomes em suas ferramentas. Também era comum que viessem pessoas pedindo suas ferramentas em empréstimo.
c) A história de um marceneiro que fabricava móveis de ótima qualidade e o trabalho era reconhecido pelos moradores de sua cidade e também dos arredores.
d) A história de um ferreiro cuja oficina era bastante organizada e elogiada por todas as pessoas que o conheciam. Era bastante comum que outros carapinas pedissem ferramentas emprestadas.
2 – Observe a frase: “Menino, volta e diz a teu pai que se vaivém fosse e viesse, vaivém ia, mas como vaivém vai e não vem, vaivém não vai”. A alternativa que contempla a melhor explicação para esta frase, é: *
1 ponto
a) O senhor Zusa explicou ao menino que vaivém não vai, porque um dia alguém o levou e não o devolveu mais. Dessa forma, ele não está de posse da ferramenta solicitada pelo menino.
b) O senhor Zusa disse ao menino que o vaivém está quebrado e, por este motivo, fica impossível emprestá-lo a quem quer que seja.
c) O senhor Zusa disse que o vaivém (formão) foi emprestado por diversas vezes, mas que ele precisa ficar esperando muito pela devolução. Sendo assim, ele prefere não emprestar mais nenhuma ferramenta.
d) O senhor Zusa pediu ao menino que explicasse ao pai que muitas pessoas têm emprestado suas ferramentas e não as têm devolvido. Por esse motivo, Zusa não emprestará o vaivém (serrote).
Soluções para a tarefa
Resposta:
1) B
2) D
Explicação:
fiz no classroom e acertei
01. A alternativa correta é a LETRA B.
A história de um carpinteiro, cuja oficina tinha uma excelente organização. Este carpinteiro resolveu colocar nomes em suas ferramentas. Também era comum que viessem pessoas pedindo suas ferramentas em empréstimo.
Note que o o ofício do velho Zusa era a carapina: carpinteiro de obras de madeira em geral. Uma curiosidade relatada era o fato dele dar nomes próprios a cada uma de suas ferramentas, como por exemplo;
- martelo: toc-toc,
- formão: rompe-ferro,
- serrote: vaivém
02. A alternativa correta é a LETRA D:
O senhor Zusa pediu ao menino que explicasse ao pai que muitas pessoas têm emprestado suas ferramentas e não as têm devolvido. Por esse motivo, Zusa não emprestará o vaivém (serrote).
O carpinteiro explicou que não empresta ferramentas, pois muitas pessoas pegam emprestado e não devolvem. Ele explicou também que embora o nome do serrote seja vaivém (certamente devido ao movimento feito pelo instrumento), ele não "vai" e "vem", referindo-se ao fato de não emprestar.
Espero ter ajudado!