“Para início de conversa, esboços provisórios de alguns percursos. A vida social contemporânea, nos complexos urbanos, e também em boa parte do contexto rural, tem suas dinâmicas entremeadas pela grande diversidade de aparatos tecnológicos de comunicação e informação, mídias tornadas indispensáveis nas quantas atividades em curso: entretenimento, produção, informação, comunicação, publicidade, arte, formação, educação, saúde, etc.
Cada vez mais precocemente, as crianças são iniciadas aos aparatos tecnodigitais, no decurso dos processos de inserção nas malhas sociais, de socialização, de trânsito no mundo da cultura. Desde muito cedo, relacionam-se com narrativas articuladas por meio de imagens animadas, as mais diversas, sonorizadas. Apropriando-se das narrativas veiculadas ou produzindo as suas próprias, precocemente desenvolvem familiaridade tanto com as questões formais, os modos como essas narrativas são realizadas, seus elementos de linguagem, bem como com as informações por elas veiculadas, as histórias que contam, os argumentos que constroem, as linhas de pensamento que presidem. Ou seja, apropriam-se da forma e do conteúdo, construindo formas de conhecer a partir delas e na relação com elas.
Contudo, as instituições escolares, sobretudo na educação básica, ainda estão longe de reconhecer, ou de se apropriar do potencial pedagógico desses aparatos, suas narrativas imagéticas, audiovisuais, seus jogos, redes e fluxos. Mais que isso, as escolas nutrem uma espécie de embate de suas estratégias de ensino mais recorrentes contra as afinidades de seus estudantes com os modos de operar dos multimeios.” MARTINS, Alice Fátima. Mídias contemporâneas: narrativas e aprendizagens fora e dentro da escola In: SENNA; SILVA (org). Ensino de Arte, Contemporaneidade e Vida Cotidiana. Disponível em: http://ebooks.fav.ufg.br/livros/11livro/capitulo1.html
O objetivo dessa leitura é sensibilizar para pensar a relação entre arte, tecnologia e cotidiano.
Agora conheça a segunda referência. O relato do projeto Cidade Subjetiva quefoi a vencedora do XVII Prêmio Arte na Escola Cidadã para o Ensino Médio.Projeto do professor:Leandro Aparecido de Jesus, desenvolvido na Escola Estadual Benedicto Leme Vieira Neto. Salto de Pirapora/SP.
O projeto buscou dialogar com a cidade como ponto de partida para a criação, trabalhando com uma forma de visualidade bem contemporânea.
O objetivo dessa referência é compreender a intervenção urbana como uma prática visual contemporânea e reconhecer como a organização de um projeto pode relacionar arte, tecnologia, cotidiano e contemporaneidade, estimulando a formação de uma poética pessoal dos estudantes.
Para conhecer o projeto você deve assistir ao vídeo e ler o relato de divulgação da proposta: Cidade subjetiva.
Considerando essas referências redija um texto dissertativo que argumente sobre: Como o projeto estimulou nos estudantes o uso das tecnologias e a percepção de visualidades contemporâneas em seu cotidiano?
Você deve usar pelo menos 150 palavras na sua narrativa.
Soluções para a tarefa
O estímulo aconteceu a partir do momento em que o professor inseriu os alunos em sua próprias realidades. Fazendo-os a pensar, refletir sobre suas lembranças e sentimentos. Foi-lhes apresentados artistas que expressaram seus sentimentos em suas criações e através destes, levando a turma a questionar e pesquisar se poderia tudo aquilo ser arte. Nesse momento abriu-se um leque de possibilidades através do uso das tecnologias e apropriação da percepção de visualidades contemporâneas, na qual fazia parte da sua história, ou seja suas lembranças.
O tempo e o acesso a informação e imagens desencadearam uma diferente dinâmica em que os alunos passaram a ser um elemento ativo, produzindo, gerenciando e interagindo com conteúdo disponíveis na rede, propiciando mudanças culturais e conceituais. Desta forma ampliou o campo de pesquisa em arte, bem como da produção de imagens e do fruir e do interagir com as manifestações artísticas contemporâneas e tecnológicas.